O deslocamento nas grandes cidades é um problema cotidiano. O valor da tarifa sempre é o maior motivo de queixa. Também não faltam reclamações, no entanto, contra ônibus lotados, falta de disponibilidade de linhas e insegurança, entre outros problemas.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Inovação no transporte coletivo
| Foto: Gustavo Carneiro

Tornar o transporte coletivo mais atrativo é uma necessidade. Ainda mais depois que a pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil. O risco de contaminação provocou uma debandada de passageiros em todo o país, pelo medo de ficar doente e pelo fechamento de grande parte do comércio e outros serviços em determinados períodos.

Inovação é a saída para transporte coletivo superar crise imposta por pandemia

Em Londrina, de acordo com a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina), a redução do número de passageiros transportados é hoje de 40% em comparação ao período pré-pandêmico.

Por isso é necessário atrair novos e antigos usuários para o sistema. E a inovação é a principal forma de tornar o serviço mais eficiente e atrativo. Tecnologias como a disponibilização de wi-fi nos veículos é usada há algum tempo e as empresas e entidades ligadas ao setor estão buscando mais soluções.

Uma das empresas responsáveis pelo transporte em Londrina tem um app com roteirizações, horários e diversas outras funcionalidades já em operação. Na semana passada, outra concessionária implantou o pagamento por cartão de débito ou de crédito, em linhas que atendem a Gleba Palhano e condomínios da zona sul. Essa alternativa pode ser utilizada desde que o cartão tenha a função aproximação, da mesma forma como acontece com o cartão de vale-transporte.

Especialistas apontam que o setor enfrenta o pior momento de sua história. Para Marcos Bicalho dos Santos, diretor administrativo e institucional da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), a inovação é fundamental para que o setor se modernize e o transporte coletivo tem que se inserir nesta nova realidade.

A CMTU tem adequado horários e itinerários como forma de manter os atuais usuários e conquistar novos. Outras medidas tomadas foram a contratação do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável, a reconstrução dos Terminais Vivi Xavier e Milton Gavetti, a requalificação de faixas exclusivas para ônibus e a contratação de projeto para reforma do Terminal Central e reconstrução dos Terminais Ouro Verde e Acapulco.

E a inovação pode ir além. É o que mostra a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, que lançou em 2019 o Hub de Inovação Coletivo, com o objetivo de estimular empreendedores e startups a pensarem soluções em mobilidade, no sentido de conectar o setor ao mundo digital.

Um dos projetos que saiu do hub é o Areja Bus, um sistema de ventilação que renova o ar do ônibus por meio de dois exaustores localizados no teto e por venezianas encaixadas nas janelas. Outro que já está nas ruas foi implantado em Vitória (ES). Trata-se de um aplicativo pelo qual deficientes físicos podem solicitar o serviço de vans. Já cidades como Campinas (SP) e Brasília, por sua vez, estão desenvolvendo experiências-piloto do ônibus a bateria. Tecnologia a serviço da qualidade do transporte e de vida dos usuários.

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