Um ato com cartazes, faixas, panfletos e flores, que são o símbolo da infância. Com essa singela demonstração, alunos da rede municipal fizeram um alerta que parece simples, mas que é de extrema importância para o presente e o futuro do país. A blitz educativa buscou conscientizar motoristas que passavam pela avenida Guilherme de Almeida, na zona sul, sobre o combate ao abuso e à exploração sexual contra crianças e adolescentes.

A ação fez parte da programação da campanha “Faça Bonito. Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”. O 18 de maio foi escolhido como data de conscientização por causa do crime contra Araceli, uma menina de 8 anos que foi drogada, abusada e morta por jovens de classe média alta, em 1973, em Vitória (ES). A história dela passou a representar, para o Brasil, inúmeras crianças e adolescentes que sofrem violência sexual.

A rede de defesa social é essencial para combater esse tipo de crime. Em Londrina, a Secretaria de Assistência Social conta com três unidades de atendimento especial a essas crianças e adolescentes.

O serviço de Paefi (Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos), ofertado nas unidades dos Creas (Centros de Referência Especializado de Assistência Social), atende as famílias, crianças e adolescentes, fazendo acompanhamento social e articulação com todos os serviços necessários. Nas três unidades, atualmente são acompanhadas 723 famílias com crianças e adolescentes em situação de violação de direitos.

A rede municipal de ensino conta hoje em Londrina com cinco psicólogos e 21 professores mediadores, habilitados em escuta especializada, o que é essencial para identificar possíveis vítimas. O problema tornou-se ainda mais complicado na pandemia de coronavírus, uma vez que o isolamento social deixou mais crianças e jovens mais expostos ao crime e com menos acesso a canais de denúncia, como a escola.

“Quando o aluno começa a faltar demais, é sinal de que algo está errado e nossas equipes começam um trabalho de busca ativa. E quando uma denúncia chega até a escola, esses professores mediadores são imediatamente acionados para conversar com a criança, sem revitimizá-la”, afirma a secretária municipal da Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes.

A proteção, no entanto, tem que ser responsabilidade de todos. Quando uma criança sofre algum tipo de violência, ela passa a apresentar mudanças no comportamento. Por isso, os adultos e responsáveis devem ficar atentos a sinais como isolamento, agressividade, automutilação, medo de ir ao banheiro, choro excessivo e, inclusive, comportamento sexualizado que não é da infância.

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