Se você está preocupado com a ocorrência de crimes cibernéticos, saiba que muita gente está com medo de cair em um dos muitos golpes que são praticados por meio de dispositivos eletrônicos como celulares, computadores e tablets. Infelizmente, os casos têm aumentado exponencialmente.

Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira pela FOLHA, após a pandemia de Covid-19, o registro de casos no Nuciber (Núcleo de Combate aos Cibercrimes) aumentou no Paraná. No ano de 2019 foram cerca de quatro mil boletins de ocorrência de crimes cibernéticos. Em 2020 este número subiu para oito mil e em 2021 foram quase 17 mil. O aumento entre 2019 e 2021 foi de 325%.

Estelionato é a modalidade de crime mais utilizada pelos golpistas, conforme apontou o delegado José Barreto de Macedo Junior, chegando a um percentual de 75% dos registros feitos no Nuciber.

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Atualmente, segundo o delegado, o golpe mais comum é o do Instagram, em que uma pessoa invade a conta de alguém e se faz passar por ela. A partir disso, anuncia a venda de objetos de forma falsa para contatos da vítima. As pessoas pagam para o estelionatário pensando estar fazendo o negócio com o verdadeiro titular da conta.

Existe também o golpe Don Juan, em que um falso médico leva as vítimas a se apaixonarem por ele para depois extorqui-las. E a lista não acaba por aí. Há os falsos empréstimos, crimes de extorsão mediante ameaça de divulgação de imagens íntimas, fraude, entre outros.

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Para o delegado, a pandemia de Covid-19 aumentou o número de potenciais vítimas de crimes cibernéticos, justamente porque mais pessoas que não usavam a internet passaram a utilizá-la para compras, pagamentos de conta e para se relacionar com as pessoas, aderindo às redes sociais e grupos de mensagens por aplicativo.

O processo de investigação desses crimes requer muito aperfeiçoamento por parte da polícia no sentido de acompanhar as evoluções tecnológicas.

Um dos primeiros passos para se proteger é justamente entender o que são os crimes cibernéticos, manter-se informado sobre os golpes que mais ocorrem (a Folha de Londrina tem feito, frequentemente, reportagens sobre esse tema) e saber como evitar cair nesse tipo de golpe.

À reportagem, o advogado especialista em direito digital Fernando Peres dá algumas dicas sobre como se prevenir, alertando para que as pessoas não abram mão de usar um antivírus atualizado e não cair na tentação de instalar softwares piratas no computador.

Também é prudente usar senhas fortes e que sejam difíceis de adivinhar, tomar cuidado ao anotá-las e nunca abrir anexos que vêm em e-mails suspeitos.

No ano passado, uma lei prevendo punição mais dura contra crimes cibernéticos foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no intuito de inibir os casos. Diante do prejuízo que esses golpes causam a instituições e cidadãos, a legislação não pode continuar considerando essa prática como crime menor.

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