Como já acontece na Câmara dos Deputados e em outros legislativos municipais e estaduais, a AL (Assembleia Legislativa) do Paraná está próxima de ter a sua bancada feminina oficializada. A Casa aprovou nesta segunda-feira (8) resolução nesse sentido, alternando os artigos do Regimento Interno.

O objetivo da proposta é garantir a participação das mulheres na composição da Mesa Diretora da Assembleia, além de criar uma bancada composta por todas as parlamentares do Legislativo. Dos 54 parlamentares da AL, há apenas cinco deputadas. Nenhuma delas, atualmente, está na direção da Casa. Do presidente ao 3º vice-presidente e todos os cinco secretários são do sexo masculino.

Agora a matéria está apta para ser promulgada pela presidência da Assembleia. A partir da promulgação do texto, a bancada feminina poderá ser formada na Casa. Já a participação na composição da Mesa Executiva só poderá ocorrer no início da próxima legislatura, quando for feita a eleição do colegiado.

A justificativa da proposta lembra que a única regra da eleição para a composição da Mesa é a proporcionalidade partidária. Portanto, a aprovação da iniciativa visa garantir na formação da Mesa Executiva a representatividade feminina e a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares formados.

O objetivo é ampliar a participação e dar voz às mulheres no Legislativo do Paraná. Para isso, a proposição garante que a líder da bancada feminina exercerá as mesmas prerrogativas que o Regimento Interno assegura aos líderes de partido ou bloco parlamentar.

“A instalação da bancada feminina é uma forma de repararmos uma injustiça histórica com as deputadas mulheres. Avançamos muito, mas ainda somos minoria e precisamos de incentivos para termos participação em posições de liderança na Assembleia”, defende a deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB), procuradora especial da mulher na Assembleia e idealizadora da proposta.

Além de Silvestri, as outras quatro deputadas estaduais do Paraná são: Luciana Rafagnin (PT), Maria Victoria (PP), Mabel Canto (PSDB) e Cantora Mara Lima (Republicanos).

Assim, ao se tratar dos direitos das mulheres, o objetivo é que as deputadas que compõem a bancada identifiquem as pautas que as unem. Mesmo sendo minoria, elas terão voz e mais chances de serem ouvidas, ocupando cargos de poder na Assembleia. É uma forma de ajudar a corrigir a exclusão histórica das mulheres na política e acabar com a baixa representatividade feminina no Poder Legislativo.

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