A história de Lorenzo Cruz Coneglian, jovem de 13 anos de Londrina, que conquistou uma medalha de prata na Olimpíada de Matemática Copernicus, em Nova York, destaca a importância crucial de incentivar talentos nas ciências. O reconhecimento e o apoio a jovens promissores fomentam a valorização do conhecimento, pilar fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação.

Ter um estudante em destaque é motivo de orgulho, mas o grande desafio das políticas educacionais do país é como tornar o ensino mais atrativo, para que a matemática, por exemplo, deixe de ser o eterno “bicho de sete cabeças”. Nos últimos anos, o desempenho do Brasil em ciências e matemática tem sido preocupante.

Em 2022, no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), o Brasil ficou na 64ª posição em matemática e na 61ª em ciências, entre 79 países avaliados. Estudantes de Singapura, Macau, Japão e Coreia do Sul ocupam as primeiras posições.

Esses resultados indicam uma necessidade urgente de melhorias na educação básica, especialmente em áreas cruciais para o desenvolvimento tecnológico e econômico. A baixa proficiência dos estudantes brasileiros nessas disciplinas reflete uma lacuna significativa no sistema educacional que precisa ser abordada com políticas públicas eficazes e investimentos robustos.

Um exemplo notável de como o investimento em educação pode transformar um país é a Coreia do Sul. Nas décadas de 1960 e 1970, o país enfrentava recursos limitados e um sistema educacional deficiente. No entanto, com uma visão estratégica de longo prazo, o governo sul-coreano decidiu investir maciçamente em educação, com foco particular nas ciências e tecnologia. Hoje, a Coreia do Sul é um líder global em inovação e tecnologia, com algumas das melhores universidades e centros de pesquisa do mundo.

Para o Brasil seguir o exemplo da Coreia do Sul, é essencial que haja um compromisso firme e contínuo com a melhoria da qualidade da educação. Isso inclui aumentar o investimento público e privado em educação, melhorar a formação de professores, e implementar currículos que preparem os estudantes para as demandas do século XXI.

A história de Lorenzo Coneglian mostra que o Brasil tem jovens talentosos capazes de competir e se destacar em nível internacional. No entanto, para que esses talentos não sejam exceções, mas a regra, é necessário um esforço coletivo para transformar a educação no país.

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