É preciso falar sobre inclusão. Quanto mais falarmos sobre as oportunidades e dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência, mais chances teremos de construir um mundo que integra e pensa em todos. Embora seja grande o número de crianças, jovens, adultos e idosos com algum tipo de deficiência, não são muitas as pessoas que conhecem essa realidade e infelizmente esse desconhecimento acaba gerando preconceito e estigmas.

Na semana passada, o passeio de uma família a um shopping de Londrina acabou trazendo à tona a questão da inclusão de pessoas com deficiência em espaços destinados à diversão infantil. Um parque provisório instalado na praça central do shopping não tinha brinquedos para que uma menina cadeirante de três anos pudesse brincar com o irmão e uma prima. A mãe da criança também não foi autorizada a acompanhar a filha aos brinquedos.

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A situação da pequena Sofia ficou conhecida nas redes sociais depois do desabafo da mãe da mãe da menina, a pedagoga Larissa Loureiro Batista Leal fez um triste e longo desabafo: "Sei que o brincar é fundamental no desenvolvimento de qualquer criança, mas aquele parque não era um ambiente inclusivo. Minha filha não era bem-vinda ali. Ela simplesmente não pôde se divertir naquele ambiente feito para crianças, mas não crianças como a Sofia”.

A família buscou a administração do shopping, que tem mantido contato com os pais e afirmou que está buscando formas de tornar as atrações infantis mais inclusivas, construindo um ambiente acolhedor.

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Trazer esse caso à tona é importante para shoppings, parques, teatros, cinemas e outros empreendimentos que recebem um grande público. É preciso refletir frequentemente sobre como ser um ambiente inclusivo. E também para mostrar aos familiares de crianças com deficiência que como qualquer cidadão ou cidadã, elas têm o direito de frequentar esses locais, brincar, se divertir - é claro que algumas vezes as crianças precisão se um apoio para realizar a atividade ou fazer o passeio. Isso não deveria ser um impeditivo.

Incluir as crianças com deficiência nos diferentes espaços de nossa cidade é bom para todos. Essa interação é importantíssima para se estabelecer empatia, respeito e interesse, indo além dos estereótipos. O Brasil está avançando no quesito inclusão, mas esse ritmo precisa acelerar.

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