Muito se critica a educação pública brasileira, mas são tantos os exemplos de instituições municipais, estaduais e federais que apresentam propostas pedagógicas inovadoras e transformadoras, capazes de impactar positivamente seus alunos e toda uma comunidade.

É uma dessas histórias que a FOLHA conta nesta edição de quarta-feira (21). A Escola Municipal Corveta Camaquã, obteve o maior Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), de 8,1, em toda a rede municipal de Educação de Londrina. Localizada na zona oeste da cidade, a instituição vem desde 2005 superando os resultados a cada ano. Na primeira edição, ela obteve nota 6,1.

O índice é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no censo escolar, e das médias de desempenho no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), também conhecida como Prova Brasil, com aplicação de provas em língua portuguesa e matemática.

“Recebemos o resultado com muita alegria e surpresa porque todas as escolas no país, de maneira geral, tiveram uma queda no índice, até pelo fato de que todos foram impactados pela pandemia da Covid-19. Isso só reforça o quanto nossas equipes trabalharam arduamente em tempos difíceis. É realmente uma grande vitória”, comentou em entrevista à FOLHA a diretora Nivea Maria Pedrosa.

A Escola Municipal Corveta Camaquã possui 245 alunos matriculados em turmas do P4 ao 5° ano e 27 professores. A diretora destacou dois pontos que, na opinião dela, contribuíram para o excelente desempenho das crianças. O primeiro diz respeito à continuidade do trabalho, pois os alunos se mantêm na mesma turma do P4 ao quinto ano.

Outro ponto são os projetos de incentivo à leitura que culminam em uma gincana literária, quando os estudantes de diferentes turmas formam equipes para participar de atividades e brincadeiras relacionadas a um tema. "A criança leitora não só lê como interpreta e constrói um pensamento mais crítico”, afirma.

A Folha de Londrina sabe o quanto é importante incentivar o hábito de leitura nas crianças e jovens. Há quase 30 anos, a empresa criou o projeto Folha Cidadania, que leva o jornal impresso às escolas públicas. O objetivo é desenvolver o gosto pela leitura e pela informação de qualidade e disponibilizar o conteúdo para que seja trabalhado em sala de aula.

O exemplo da Escola Corveta Camaquã e o programa Folha Cidadania mostram que inovar em sala de aula não implica, necessariamente, no uso de ferramentas digitais que demandam aumento de custo. A criatividade e o comprometimento das equipes pedagógicas e de pais e familiares impactam de forma muito positiva o processo de aprendizagem.

No dia 13 de setembro, a 16ª edição do EncontrosFolha colocou em debate os novos rumos que as tecnologias impõem à educação brasileira, o papel da mídia na missão de formar cidadãos mais conscientes e as metodologias ativas de aprendizagem. Enfim, tratou-se sobre os caminhos para o Brasil chegar à educação do futuro, o que passa por trajetórias como a da Escola Corveta Camaquã. Parabéns aos professores e alunos por essa conquista.

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