Mesmo perdendo 1.207 vagas de trabalho formal em dezembro do ano passado, Londrina fechou 2021 com saldo positivo de 7.927 vagas de emprego. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Ministério do Trabalho.

Em dezembro passado, o município registrou 7.097 demissões contra 5.890 admissões no período, variação negativa de 0,79%. Apenas o comércio apresentou saldo positivo em dezembro: de 27 vagas.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Desemprego alto é desafio para novo governo
| Foto: Ana Volpe/Agência Senado

Mas é o acumulado de 2021 que nos dá uma esperança de que podemos esperar coisas positivas para os próximos meses. As 7.927 vagas abertas são resultado da diferença entre 85.462 contratações e 77.535 desligamentos, o que reflete em variação de 5,48%.

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A retração, comum para o mês de dezembro, quando acabam os contratos temporários, acompanhou a média estadual. Nos 399 municípios paranaenses, foram 104.620 admissões e 128.966 demissões, variação de - 0,84%. Já no acumulado do ano, o Paraná aparece com saldo positivo de 172.636 vagas, sendo 1.569.647 contratações e 1.397.011 desligamentos.

Em números absolutos, o Paraná aparece à frente de Santa Catarina (167.854) e Rio Grande do Sul (140.281) e atrás apenas de São Paulo (814.035), Minas Gerais (305.182) e Rio de Janeiro (178.098). Segundo o Caged, as 172 mil vagas geradas no Estado representam mais do que a soma dos sete estados do Norte (154 mil).

O saldo do ano passado foi positivo também para o Brasil, quando o país registrou total de 2.730.597 empregos, decorrente de 20.699.802 admissões e de 17.969.205 desligamentos (com ajustes até dezembro de 2021).

No final do ano passado, especialistas da área econômica consideravam a recuperação do nível de emprego como um dos fatores para projetar um crescimento, mesmo que mínimo, no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano de 2022.

A pandemia teve efeitos negativos poderosos sobre o mercado de trabalho brasileiro, que já tinha sido abalado por uma forte recessão entre 2014 e 2016. E antes do Sars-CoV-2 abalar o mundo em 2020, o país experimentava uma lenta recuperação em 2019.

Não se sabe quanto tempo levará para a taxa de desemprego voltar para o padrão anterior à crise de 2015. Certamente, essa será a principal pauta da campanha eleitoral deste ano e um dos maiores desafios para quem subir a rampa do Palácio do Planalto em 2023 como presidente da República.

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