EDITORIAL - Dengue e Covid: não se pode baixar a guarda
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segunda-feira, 01 de maio de 2023
Folha de Londrina
Há pouco mais de um ano, precisamente em 16 de março de 2022, o governo estadual lançou o decreto n°10.530 que dispensou a obrigatoriedade do uso de máscaras no combate à Covid-19. Depois do período mais crítico da pandemia, a rotina, enfim, foi ganhando ares de normalidade.
O problema é que, sem a mesma comoção, os cuidados foram se afrouxando. E o menor cuidado pode ser constatado na cobertura vacinal, que caiu expressivamente nas últimas doses. As autoridades em saúde pública reforçam que é importante renovar a vacina contra a Covid-19 porque o vírus sofre mutações ao longo do tempo e pode desenvolver variantes que são diferentes o suficiente da forma original do vírus para escapar da proteção conferida pelas vacinas antigas.
Essas variantes podem ser mais transmissíveis, mais letais ou mais resistentes aos tratamentos existentes, tornando-se uma ameaça significativa à saúde pública. A renovação da vacina, ou seja, a produção de versões atualizadas da vacina que levem em conta as variantes mais recentes do vírus, pode ajudar a garantir que a população esteja protegida contra as formas mais perigosas do vírus e reduzir a disseminação da doença. Além disso, a renovação periódica das vacinas pode ser necessária para garantir que a imunidade induzida pela vacinação permaneça eficaz ao longo do tempo.
Neste fim de semana, o mutirão da Secretaria Municipal de Saúde para a aplicação da vacina bivalente para maiores de 18 anos atraiu pessoas de várias idades. Apenas no sábado, foram 2.311 doses aplicadas, além de 757 doses da vacina contra a Influenza. A aplicação ocorreu em quatro Unidades Básicas de Saúde da cidade.
Ao mesmo tempo, a saúde lida com outro perigo iminente: a dengue. Londrina vive uma situação de epidemia e, infelizmente, muitos cidadãos ainda não se deram conta da gravidade do problema. Contra esta doença não há vacina e a recomendação é eliminar os focos criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor.
Doenças como a dengue custam para o Estado em termos financeiros, principalmente porque exigem um grande esforço do sistema de saúde para o tratamento dos pacientes e prevenção da disseminação da doença, portanto, é importante que o Estado invista em medidas preventivas e de conscientização.
O combate contra a dengue e a Covid deve ser constante.
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