As políticas públicas voltadas à preservação das nascentes e dos recursos hídricos são essenciais aos municípios brasileiros, especialmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelo crescimento urbano desordenado.

Londrina é um exemplo positivo no que diz respeito à adoção de políticas públicas voltadas para a conservação ambiental. A preservação dos fundos de vale é um dos ativos que diferenciam a cidade de outras que sofrem com mais vigor os impactos ambientais. Contudo, a manutenção dessa postura vigilante é essencial para garantir a disponibilidade de água para as futuras gerações e evitar uma série de problemas ambientais e sociais.

Em grandes centros urbanos, onde a expansão da malha urbana muitas vezes desconsidera os impactos ambientais, a preservação das nascentes se torna fundamental na prevenção de desastres naturais como inundações e deslizamentos, além de garantir o abastecimento de água potável.

Com 1.652 quilômetros quadrados, Londrina é o 12º maior município do Paraná em extensão. Pelo território passam muitos afluentes do Rio Tibagi, além de riachos, ribeirões e córregos. Alguns deles são mais impactados pela ação humana, por estarem mais próximos à área urbana, centro que reúne a grande maioria dos 577 mil habitantes.

Reportagem publicada nesta edição da FOLHA mostra que vinte nascentes de Londrina deverão receber intervenções de proteção e recuperação até o final do ano. A prefeitura abriu licitação para contratar empresa especializada para executar o serviço. O custo é de até R$ 34 mil, sendo R$ 17 mil bancados pelo município e a outra metade recurso proveniente do programa “Itaipu mais que energia”, da binacional.

Das 20 nascentes selecionadas, a maioria está na área urbana, como o córrego Roseira, Ouro Verde, no Cafezal, Ernani Moura Lima e três na região do Aterro do Lago Igapó. Três ficam na zona rural e estão dentro de terrenos particulares, porém, o trabalho foi autorizado pelos proprietários. Ao todo, Londrina tem cerca de 150 nascentes.

A água é um bem imprescindível à vida humana, essencial para a sobrevivência de todos os seres vivos e para o funcionamento dos ecossistemas. Cuidar dos rios é uma responsabilidade de todos.

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