Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - Consumo e endividamento
| Foto: iStock

O paranaense está ficando mais endividado e o nível de endividamento médio das famílias do Paraná em 2021 voltou ao mesmo patamar de antes da pandemia. Isso revela que as pessoas recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo, que aumentou com o avanço da vacinação.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná. Segundo o estudo, a média anual de endividamento no Paraná foi de 90,4%, percentual superior a 2020 (89,6%) e igual ao registrado em 2019 (90,4%).

No Estado, o índice de endividados ficou bastante acima da média brasileira, que chegou em 76,3%, a maior em 11 anos da pesquisa. O estudo revelou também que o alto índice foi puxado, principalmente, pelas famílias de maior renda, batendo nos 97% em dezembro.

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"Trocando em miúdos", isso significa que quase todas as famílias com renda superior a dez salários mínimos possuem compromissos financeiros ou dívidas. A pesquisa observou também uma tendência de aumento no endividamento das famílias de menor renda, com 92,3% em dezembro, a terceira elevação consecutiva.

Os paranaenses também encerraram 2021 com mais dificuldades no pagamento das dívidas. Os percentuais de famílias sem condições de pagar suas dívidas e das que não terão condições de pagar voltaram a crescer após seis meses de queda. Cartão de crédito, financiamento de veículos e financiamento imobiliário são, respectivamente, os principais fatores que levaram o paranaense ao endividamento.

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O processo de vacinação contra a Covid-19 no Brasil permitiu uma maior flexibilização das atividades econômicas, com aumento da circulação de pessoas ao longo do ano, consumindo bens e serviços em estabelecimentos físicos, viajando, almoçando e jantando fora de casa. Fatores que ajudaram o compor o cenário.

É importante que a inadimplência não aumente e que as famílias consigam pagar as suas parcelas no cartão de crédito, financiamentos, mensalidades de escolas e outras contas. E quando o "cinto apertar", é essencial que as pessoas consigam encontrar alternativas rapidamente para sair do "vermelho", buscando melhores condições de crédito e novas fontes de renda.

Lembrando que no ano passado, foi aprovada a lei contra o superendividamento, que cria mecanismos para consumidores que não conseguem mais arcar com as prestações de empréstimos ou de compras no crediário, como a renegociação das dívidas em bloco e a formas de conter o assédio por parte das instituições financeiras.

O superendividamento é um problema sério e a solução passa também pela educação, nesse caso a financeira, com famílias e escolas se unindo e incentivando as crianças, desde cedo, a discutirem conceitos de economia e finanças desde muito cedo.

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