EDITORIAL - Começa nesta segunda (17) a vacinação das crianças

Londrina começa nesta segunda-feira (17) a vacinar as crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. Mas na cidade, 10 doses pediátricas já foram aplicadas no último sábado (15) em solenidade que marcou o lançamento oficial da vacinação infantil contra o Sars-CoV-2 no Paraná, com a presença do secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

A londrinense Isadora Despensieri, 6 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a Covid-19 no Paraná, em um momento marcado por muita emoção pelos familiares que acompanhavam as crianças. Isadora tem a imunidade muito baixa devido a uma síndrome rara chamada 1P36.

A meta da Secretaria Estadual de Saúde é vacinar nos próximos meses mais de 1 milhão de crianças nesta faixa etária. Durante a solenidade, Beto Preto fez um apelo: “Pedimos que todos os pais levem seus filhos para vacinar, pois essa é única maneira de garantir de forma segura o retorno presencial das aulas nas redes municipais”.

Nenhuma criança será vacinada sem autorização dos pais e também não será necessário receita médica para receber a vacina, lembrou o secretário.

O Paraná recebeu e distribuiu 65,5 mil imunizantes pediátricos na última sexta-feira (14). A 17ª Regional de Saúde de Londrina recebeu 5.150 doses, das quais 4.800 para as crianças de 5 a 11 anos e 350 para as indígenas. Uma força-tarefa foi organizada pelo governo do Estado para acelerar a distribuição das vacinas pediátricas para as 22 Regionais de Saúde.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, cerca de 16 mil cadastros de crianças entre 5 a 11 anos foram realizados para receber o imunizante no município até sábado. Nesta primeira etapa da vacinação infantil serão liberados agendamentos para pacientes com comorbidades ou deficiência permanente, além de crianças com 11 anos que nasceram até 30 de junho de 2010.

Pelos cálculos da prefeitura, com base no censo escolar, Londrina tem aproximadamente 40 mil crianças na etária de 5 a 11 anos.

Ao constatar que a ômicron é a variante do coronavírus predominante no Paraná, é importante que as autoridades sanitárias reforcem o apelo para que os pais cadastrem os filhos para receberem a vacina assim que possível.

A resposta positiva da população brasileira à campanha de vacinação contra a Covid-19 permitiu que, mesmo altamente contagiante, a ômicron não lotou as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) dos hospitais. Ponto positivo para quem se imunizou e ajudou a comprovar que quando se trata de saúde pública, atitudes que visem o bem coletivo devem se sobrepor ao individual.

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