No ano passado, o Pantanal viveu a sua maior tragédia ambiental em décadas com o enfrentamento de uma de suas piores secas e um trágico período de queimadas. Difícil esquecer as imagens do bioma sendo destruído pelo fogo.

Em 2021, o problema da seca se repete em várias partes do Brasil. No Paraná, a falta de chuva aliada à vegetação ressecada por causa das últimas geadas acenderam um alerta para a ocorrência de incêndios florestais, com risco muito alto em todas as regiões do estado.

Somente no último fim de semana (7 e 8) , o Corpo de Bombeiros do Paraná registrou 268 ocorrências, inclusive com uma vítima, em Toledo (Oeste), com ferimentos graves.

Em julho, foram 1.505 focos de queimadas, 125% a mais que no mesmo mês do ano passado, quando 669 ocorrências foram confirmadas. Os focos mais do que dobraram nos primeiros dias de agosto, com 674 registros entre os dias 1º e 8 de agosto, contra 329 no mesmo período de 2020.

Mas se as condições climáticas são agravantes para o risco de incêndio ambiental, o homem tem sua parcela de culpa. Uma parcela significativa desses sinistros começa com a ação humana, com as queimadas irregulares de vegetação e de lixo, bitucas de cigarro lançadas no mato, fogueiras e balões soltos irregularmente.

A infração administrativa e a multa para os responsáveis por provocar um incêndio ambiental variam de acordo com o tamanho da área atingida. O valor mínimo é de R$ 5 mil, mas pode chegar a R$ 50 milhões, dependendo de quantos hectares foram afetados pelo fogo e os danos causados na fauna e na flora da região.

A soltura de balões também está enquadrada na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), especificamente no Art 42: “fabricação, venda, transporte ou soltura de balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano, sob pena de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente”.

Nesta semana, uma área histórica de Londrina foi atingida pelo fogo. Parte da mata localizada no terreno onde está localizado o Marco Zero, sucumbiu às chamas.

Para controlar o incêndio no Marco Zero, os bombeiros utilizaram cerca de 10 mil litros de água. Segundo dados da corporação, de janeiro a 9 de agosto deste ano foram registrados 231 incêndios em vegetação somente em Londrina.

Os cuidados nesta época devem ser redobrados porque o fogo descontrolado pode se alastrar rapidamente, causando danos irreversíveis à fauna e à flora. Manter os terrenos limpos e não jogar bitucas de cigarro em beiras de estrada ou outros locais com vegetação é muito importante. Cidadãos responsáveis não adotam comportamentos de risco para incêndio florestal.

A estação seca acontece todos os anos. É preciso saber conviver com ela sem causar problemas ao meio ambiente e à saúde das pessoas e dos animais.

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