Com a estiagem e a forte onda de calor que jogou as temperaturas para cima, atingindo altas históricas, é inevitável a preocupação com os reservatórios de água. Não apenas a paranaense Sanepar, mas empresas de abastecimento de várias regiões do país começaram a manifestar preocupação com a situação e alertar a população sobre a necessidade de uso consciente de água.

Dias atrás, a FOLHA trouxe reportagem mostrando recorde de calor em muitos municípios paranaenses, chegando a ultrapassar a marca de 40ºC. A formação de uma grande massa de ar quente e seco sobre estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul foi o evento climático que provocou a onda de calor.

Esse bloqueio atmosférico, que funciona como uma bolha mesmo, impede que a chuva chegue. Em entrevista à FOLHA, a agrometeorologista do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) Heverly Morais disse que desde o início da medição, em 1976, Londrina só registrou temperatura semelhante em novembro de 1985 (39,2 ºC).

A previsão é que uma massa de ar frio forte o bastante para furar essa “bolha” de ar quente chegue ao Norte do estado a partir de 10 de outubro. Até lá, para aplacar um pouco o calor, é preciso beber muita água, evitar a exposição ao sol e, se possível, umidificar o ar.

Setembro também foi um mês muito quente, com uma média de 3,7°C acima da média histórica para o mês.

A escassez de água afeta o cotidiano das pessoas e muito se tem falado sobre o impacto das mudanças climáticas na distribuição de chuva. Seria prudente que nessas mudanças no modo de vida experimentadas pelo homem, em 2020, devido à Covid-19, estejam incluídas a preocupação com o uso consciente de água.

Economizar água é importante no mínimo por dois fatores, a economia no final do mês e a responsabilidade ambiental. É preciso rever hábitos de consumo e educar as próximas gerações para uma gestão hídrica dentro de casa e no próprio ambiente de trabalho.

A responsabilidade é de cada um, assim como o poder público tem que fazer a parte dele, promovendo a preservação de rios e nascentes, fiscalizando crimes ambientais e até mesmo encontrando maneiras criativas de incentivar o uso racional da água, como campanhas educativas e por exemplo, adoção de programas de desconto atraentes para quem economiza esse bem natural tão precioso.

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