Três dias após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar a aplicação do imunizante da Pfizer para meninos e meninas menores de quatro anos, o município de Londrina começou a cadastrar as crianças que se enquadram na faixa etária de seis meses a quatro anos para a vacinação da Covid-19.

Pais ou responsáveis pelas crianças nesse grupo devem inscrevê-las no site da prefeitura, londrina.pr.gov.br. A medida é para que a Secretaria Municipal de Saúde se organize enquanto aguarda o envio das doses pelo Ministério da Saúde, o que ainda não tem data para acontecer.

O município pretende iniciar a imunização desse novo grupo assim que o governo federal enviar as doses específicas, que são frascos diferente para essa faixa etária - a tampa do frasco é de cor vinho.

Na sexta-feira (16), a Anvisa aprovou a aplicação do imunizante do Pfizer para meninos e meninas menores de quatro anos. Até então, a vacina deste fabricante só estava liberada para ser usada em crianças maiores de cinco anos. A partir de três anos já estão disponíveis as doses da Coronavac.

A imunização será em três doses de 0,2 mL, conforme a Folha de Londrina informa em reportagem nesta terça-feria (20). A avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária durou mais de um mês e levou em conta informações fornecidas pela área técnica e entidades, como a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

As crianças menores de um ano deverão ter prioridade na vacinação, segundo o pediatra Renato Kfouri, membro do comitê técnico do PNI (Plano Nacional de Imunização) e presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria. O médico destacou que esse grupo infantil é o mais vulnerável para o coronavírus, respondendo por mais da metade das hospitalizações e óbitos pela doença entre as crianças, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em 2020 e 2021 foram 1.439 óbitos de crianças até cinco anos, sendo que 48% eram de bebês entre 29 dias e um ano incompleto.

Primeiramente foram incluídas no plano nacional de vacinação contra a Covid crianças de 5 a 11 anos, no dia 5 de janeiro de 2022, depois de uma consulta pública sobre o tema realizada pelo Ministério da Saúde.

Embora autoridades ao redor do mundo atestem a eficiência da imunização dos bebês e crianças menores de 11 anos contra a Covid-19, observa-se resistência de pais e responsáveis, alguns influenciados pelo compartilhamento de fake news que fazem falsos alertas de mortes e sequelas.

Se hoje conseguimos ter uma vida mais livre das amarras da pandemia, isso se deve ao processo de vacinação em massa. Quanto mais pessoas se vacinarem, mais o vírus se enfraquecerá. Se há dúvida, busque informações confiáveis.

Obrigado por ler a FOLHA!