O país mais desenvolvido do mundo é a Noruega e o Brasil está mais de 80 posições atrás do país escandinavo que tem Oslo como capital. No índice que mede a prosperidade em função das condições de vida da população, além de analisar educação e saúde, o Brasil ficou na 84ª posição entre as189 nações avaliadas.

O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no Brasil em 2019, subiu levemente, mas insuficiente para que o país ganhasse algumas posições no ranking global. Ao contrário, o Brasil perdeu cinco posições em um ano, saindo de 79ª colocação para 84ª.

Expectativa de vida ao nascer, escolaridade e renda são informações que compõem o índice. O IDH do Brasil ficou em 0,765 em 2019, ante 0,762 em 2018, um acréscimo de 0,39%. No ano anterior, o índice foi de 0,761.

É um crescimento lento. Outros países avançaram mais rápido. Na América Latina, o Brasil perde em IDH para o Chile, Argentina, Uruguai, Cuba, México, Peru e Colômbia. Estamos à frente de Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela.

Desigualdade de gênero e de renda são pontos preocupantes no raio x da prosperidade brasileira. Em relação a 2014, ano citado no relatório divulgado pelo PNUD para efeito de comparação, o Brasil perdeu duas posições.

Para este ano, as projeções não são boas em nível mundial porque a pandemia do novo coronavírus deve derrubar os indicadores de uma maneira generalizada. O PNUD ((Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), órgão que elabora o ranking, projeta uma queda maior do que a verificada na crise de 2008.

Pela primeira vez, o PNUD calculou o impacto do desenvolvimento humano no meio ambiente. Foi uma forma de tentar aferir o custo ambiental do incremento na qualidade de vida das pessoas. Para isso, levou em conta emissões de CO² (toneladas per capita) e o uso de recursos materiais por uma população (também em toneladas per capita).

Nesse quesito, a pesquisa mostrou a pressão sobre o planeta que o desenvolvimento e o consumo promovem. Tanto que os países mais ricos caem no ranking quando consideradas as emissões de CO2.

Aí está o desafio. Para o Brasil crescer e acabar com essa desigualdade gritante que nos envergonha. Para o mundo, promover o desenvolvimento humano, sem pressionar o planeta. É imprescindível que consigamos.

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