O atual decreto do governo estadual referente às medidas preventivas contra a Covid-19 revogou o toque de recolher, que impedia a circulação de pessoas pelas ruas durante a madrugada, e também ampliou de 500 para 1.000 o número máximo de pessoas em eventos realizados no Estado, desde que obedecida a porcentagem de 60% da capacidade do ambiente.

O texto dá um respiro a setores como bares e restaurantes e também a grande cadeia de profissionais que trabalham com a realização de eventos. São, certamente, as fatias da economia mais afetadas com as medidas restritivas que vigoraram durante os meses mais agudos da pandemia, no segundo trimestre deste ano.

Com os índices da pandemia em um melhor momento, reflexo do avanço da vacinação em todo o país, a rotina pode começar a voltar ao normal, de forma gradativa nas unidades de saúde. Com a operação de guerra montada para combater o inimigo invisível, o Sars Cov2, muitas das outras frentes nas Unidades Básicas de Saúde e hospitais foram impactadas.

Reportagem da FOLHA deste fim de semana mostra que mais de um terço dos procedimentos ambulatoriais tiveram que ser paralisados por conta da pandemia. No Paraná, o número de exames e cirurgias realizados no período pandêmico ficou 35% abaixo ao registrado no período anterior ao surgimento do novo coronavírus.

Foram 2,7 milhões de procedimentos adiados por conta do risco de contaminação. Agora, com a melhora no quadro, pacientes se animam em ter seu direito de acesso à saúde pelo Sistema Único de Saúde restabelecido em sua plenitude.

O momento é, sim, de comemoração, mas é preciso lembrar que parte considerável da população ainda não está completamente imunizada. Por isso, não podemos achar que tudo já voltou ao normal. A primeira batalha parece estar vencida e, ao que tudo indica, seguimos no caminho para reduzirmos ao máximo os efeitos danosos do vírus.

Mesmo com a pressão de uma pequena parcela da sociedade que se opõe à vacina, e por conseguinte, à ciência, a população brasileira tem mostrado que confia nos imunizantes. Reflexo de uma forte cultura de campanhas vacinais consolidadas no país ao longo de várias décadas. Neste ponto, estamos em situação mais confortável que países de primeiro mundo.

A luta agora é para que a sociedade não seja contaminada pelo clima de “já ganhamos”. Ainda teremos que conviver mais um tempo com as máscaras no rosto. As mãos sempre higienizadas, devem seguir independente da Covid, alertam os infectologistas, uma vez que mãos contaminadas são porta de entrada também para outras doenças.

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