No final do mês passado, a imprensa divulgou pesquisa feita pela Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia ligada à USP (Universidade de São Paulo) e à Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostrando que seis em cada dez mortos e internados em decorrência da Covid-19 no Brasil, entre março e junho deste ano, não haviam tomado a terceira dose da vacina.

Os números da pesquisa também apontaram que em três de cada dez óbitos a dose de reforço foi tomada ainda no ano passado, indicando a necessidade de uma quarta dose em 2022.

Infelizmente, as evidências apontadas por essa pesquisa e outros estudos parecem não estar sensibilizando uma grande parte da população.

Nesta segunda-feira (11), a Folha de Londrina trouxe reportagem mostrando que a taxa de ausentes na fila da vacinação está em 25%, índice alto na avaliação do secretário da Saúde de Londrina, Felippe Machado.

O londrinense está deixando de procurar pela terceira e quarta doses do imunizante, que são as de reforço.

Isso representa uma série de transtornos, alertou o secretário. Problemas até mesmo no âmbito de logística, pois acaba prejudicando quem deseja e pode ir à unidade, mas que não consegue agendar.

Considerando o Ranking da Vacinação atualizado diariamente pelo Governo Estadual, o município tinha, até a sexta-feira (8), o total de 8.798 vacinas de quarta dose (segunda dose de reforço) aplicadas, o que representa apenas 1,74%, do público-alvo (a partir dos 40 anos).

Quanto à terceira dose (primeira dose de reforço), o levantamento aponta 297.700 vacinas aplicadas (58,75%) na população acima dos 12 anos.

Já os números de todo o Estado, considerando os 399 municípios, mostram que de terceira dose, o Paraná vacinou 5.538.391 (53%) pessoas e 403.385 (3,86%) receberam a quarta dose.

No início do mês passado, a queda do número de vacinas aplicadas diariamente já estava em queda em Londrina.

A propagação de desinformação sobre a eficácia das vacinas, desde 2014, vem contribuindo para a baixa na procura de imunizantes não só da Covid-19, mas de outros como contra gripe e sarampo.

Comportamento responsável pela volta de uma doença que não apresentava casos há décadas, como o sarampo.

Voltando à questão da Covid-19, Londrina compareceu de forma maciça aos postos para tomar as duas primeiras doses da vacina. Agora, precisa atender o pedido da Vigilância Sanitária e voltar para receber as doses de reforço.

Obrigado por ler a Folha de Londrina!