Nos últimos dois anos, cidadãos de todo o mundo viveram o desafio de lidar com a pandemia da Covid-19 e seus terríveis efeitos. Consequências que impactaram muito o setor de educação, como a Folha de Londrina vem expondo em reportagens e editoriais.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - As crianças voltam às escolas
| Foto: Isaac Fonatana/FramePhoto/Folhapress

Professores, alunos e trabalhadores do setor educacional tiveram que se adaptar rapidamente a uma nova realidade sendo que em algumas situações as condições eram bastante complicadas.

No caso do Brasil, em que a educação é uma área que enfrenta muitas dificuldades, pesquisas vêm mostrando que o déficit educacional foi grande e que a pandemia fez a educação regredir até quatro anos.

De forma geral, a população brasileira entendeu que a volta às aulas presenciais deveria ocorrer quando os riscos de contágio da Covid-19 tivessem diminuído e, por isso, a notícia de que as aulas voltaram 100% na forma presencial, neste dia 3 de março, na rede municipal de Londrina, foi recebida com alívio e alegria por muitas famílias.

O avanço da vacinação contra a Covid-19 entre as crianças colaborou para que o município chegasse a esse momento. A rede municipal conta com 46 mil alunos matriculados. Somente os estudantes que possuem comorbidades ou restrições médicas poderão seguir no ensino remoto.

O ano letivo começou no dia 7 de fevereiro e até o dia 28 o retorno presencial se manteve opcional. Neste período, as crianças realizaram atividades e tarefas retiradas pelas famílias nas escolas. Com o retorno, os professores corrigirão as atividades dos alunos que haviam permanecido em suas residências, e atribuirão créditos de presença aos que as completaram corretamente. Já os estudantes que não fizeram as tarefas terão que repor esse conteúdo, conforme definido por cada unidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, quase que a totalidade (98%) das famílias já aderiram ao ensino presencial. Neste mês, a rede municipal dará início a um programa de recomposição de aprendizagem, com base nas avaliações dos professores responsáveis por cada turma. A ideia é atender, especialmente, crianças do 3°, 4° e 5° ano.

Para muitos educadores, a pandemia acabou construindo no Brasil o pior cenário possível para a educação, principalmente levando em consideração as dificuldades com acesso a ferramentas digitais.

O retrocesso preocupa, Mas agora é hora de arregaçar as mangas e trabalhar juntos, escola, poder público e família, para vencer mais esse desafio por uma educação de qualidade.

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