As agressões a profissionais de saúde não são uma situação rara e no cenário de calamidade pública ocasionada pela Covid-19 elas se tornaram mais frequentes. As estratégias de isolamento durante as consultas e atendimentos, a lotação, os ânimos acirrados, tudo isso contribuiu para esse tipo de ocorrência.

Mas, infelizmente, os ataques acontecem independentemente de pandemia. No sábado (24), servidores que estavam de plantão na UPA (Unidade de Pronto de Atendimento ) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, viveram momentos de tensão e medo quando o acompanhante de um paciente, armado com uma faca, começou a agredir os profissionais.

O homem desferiu socos, agrediu com um capacete e ameaçou funcionários. Ele estava acompanhando o pai, que havia dado entrada pelo Samu. O paciente já tinha sido medicado e estava aguardando passar por triagem, segundo informou à Folha de Londrina um dos funcionários da UPA.

Nesta terça-feira (27), o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, e o presidente do Sindserv-Londrina (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Londrina), Fábio Molin, irão se reunir para discutir formas de evitar que a situação se repita. Molin acredita que uma melhora na restrição do fluxo de acompanhantes de pacientes nas unidades de saúde vai ajudar a prevenir casos de agressão a funcionários.

Já existe a presença de um guarda municipal na unidade, que estava no intervalo no momento em que o homem agrediu os funcionários. Mas logo que se deparou com a situação, interveio rapidamente. O agressor fugiu do local, mas a polícia tem a sua identificação. É importante que ele seja responsabilizado pelos atos que cometeu.

As unidades de pronto atendimento, como a UPA do Jardim do Sol, recebem todos os dias uma grande quantidade de pessoas, geralmente com problemas graves de saúde. Não é raro que eles venham acompanhados de amigos ou parentes com sentimentos complexos. Em uma situação de pressão, nem todos reagem pacificamente.

Importante que a prefeitura, sindicato dos servidores e Guarda Municipal encontrem soluções para diminuir os riscos de agressão às pessoas que trabalham nas unidades públicas de saúde. Assim como é importante que os profissionais saibam como agir em casos de ameaças verbais e agressões físicas.

Por outro lado, é imprescindível que a população tenha consciência que tais ações configuram crimes e lembre-se que o servidor da saúde está no exercício da sua função e que os atos contra ele acabam prejudicando o atendimento dos pacientes. Atitudes de violência afetam a todos.

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