A falsa sensação de que o vírus Sars-CoV-2 deu uma trégua em Londrina levou muita gente a aglomerar em áreas públicas e em frente a bares no último fim de semana. A Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Fazenda tiveram bastante trabalho de sexta-feira a domingo para dispersar multidões.

O abuso da "liberdade" concedida pelas autoridades estaduais de saúde através do relaxamento de medidas restritivas há algumas semanas teve consequência, já percebida nesta segunda-feira (17). O governador Ratinho Junior publicou o decreto 7.672/21, que amplia as medidas restritivas de enfrentamento da pandemia. Regras mais rígidas adotadas pelos municípios terão apoio da administração estadual.

Pelas novas regras, que vão vigorar até a meia-noite do dia 31 de maio, a restrição da circulação de pessoas e de venda e consumo de bebida alcoólica em espaços de uso público ou coletivo é estendida em uma hora. O toque de recolher e lei seca passam a vigorar das 22h até às 5h do dia seguinte.

O Paraná constatou nos últimos dias um aumento do contágio da Covid-19. Nesta segunda-feira (17), o boletim da Saúde registrou mais 2.366 novos casos e 32 óbitos por coronavírus. A taxa de ocupação de UTI permanece acima de 90%.

Londrina registrou 601 novos casos da doença somente entre sexta-feira (14) e sábado. No domingo, foram outros 171 e nesta segunda, mais 199, o que fez a cidade passar de 54 mil casos confirmados da doença.

Todo tipo de comércio e de atividades não essenciais também deixam de funcionar aos domingos. Isso se aplica a restaurantes, shopping centers, academias e comércio em geral. Nos outros dias da semana poderão abrir ao público das 10h às 22h com 50% de ocupação. Aos domingos e fora desses horários, durante a semana, só será permitido o atendimento na modalidade delivery.

Nos municípios com regras mais restritivas em relação a atividades, horários, modalidade de atendimento e ocupação do que as previstas pelo decreto estadual, devem ser seguidas as determinações da administração municipal.

Serviços e atividades essenciais, como supermercados, farmácias e clínicas médicas, não terão que atender as regras de toque de recolher e de funcionamento.

Nesta altura da pandemia, com distanciamento social valendo há mais de um ano, todos sabem que o risco de contágio pelo coronavírus aumenta nas aglomerações. E quando o contágio sobe, não resta às autoridades outra alternativa do que tornar as medidas de restrição mais rígidas.

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