"A rainha morreu pacificamente em Balmoral nesta quinta-feira", informou a nota do Palácio de Buckingham sobre Elizabeth 2ª, que faleceu aos 96 anos, em sua casa de veraneio na Escócia.

Embora os súditos desconfiassem que o estado de saúde dela era grave, pois os filhos e netos foram chamados para junto da monarca diante da anunciada preocupação dos médicos, os britânicos estão se sentindo órfãos. A notícia refletiu no mundo todo. Londrina (Pequena Londres), que nasceu por influência de uma empresa inglesa, a Companhia de Terras Norte do Paraná, também sentiu a partida da monarca.

A morte de Elizabeth 2ª marca o fim de uma era. Historiadores e analistas políticos mundo afora atestam que a rainha unia a grande maioria da população de seu país, ricos e pobres, nobres e plebeus, monarquistas e republicanos. Nenhum outro líder de uma nação viu tantos acontecimentos, como a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria, a formação da União Europeia e até a saída do Reino Unido dessa comunidade.

Sobre a Segunda Guerra Mundial, um exemplo de mulher forte e determinada quando ainda princesa, em 1945, com apenas 19 anos, entrou no ramo feminino do exército britânico e trabalhou como motorista de caminhão e mecânica.

A mais longeva monarca do Reino Unido, no cargo por 70 anos, tem muitas lições para deixar a outros líderes mundiais. Por essas sete décadas ela buscou separar a vida pública e a vida privada, mesmo que seus filhos e netos não tenham tido sucesso nessa empreitada. Também foi um exemplo de dignidade no papel de representar o seu povo, cumprir protocolos com sabedoria para assim se tornar símbolo de força e estabilidade. Tanto que uma pesquisa realizada este ano pelo instituto YouGov apontava que Elizabeth, a aristocrata que gostava de cavalos, cães e do campo, era aprovada por 75% dos britânicos.

Agora, a morte da rainha desencadeia grandes questões constitucionais, principalmente sobre a sucessão. E não será uma missão fácil para o rei Charles 3º. O carisma e a longevidade fizeram de Elizabeth 2ª quase que um símbolo pop no globalizado mundo do século 21.

Charles chega ao trono em um momento de crise econômica e política, quando o Reino Unido terá que se confrontar com questões energéticas agravadas pela Guerra da Ucrânia. É, certamente, um momento bem desafiador, mas também uma oportunidade para que o novo rei sustente a bandeira que vem levantando há anos: a sustentabilidade ambiental. É, certamente, uma pauta atual que pode representar um legado, já que a mudança climática e a ecologia são temas caros para a humanidade.

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