Um desenho da retomada dos setores econômicos brasileiros foi feito pelo Sebrae, como uma forma de prever quando os negócios poderão começar a voltar aos índices pré-pandemia do novo coronavírus. O resultado do estudo, porém, aponta que cenários mais favoráveis dependem da aceleração do ritmo da vacinação contra a Covid-19.

Segundo a pesquisa, caso a imunização ganhe mais fôlego, cerca de 9,5 milhões de pequenos negócios podem ter retomado o nível de atividade anterior à pandemia até o dia 18 de agosto. Isso representa 54% dos microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas brasileiros.

Dentro deste universo, estão os negócios que atuam nos setores relativamente menos atingidos pela crise e que teriam uma reação mais rápida ao contexto de imunização da população: Comércio de Alimentos, Logística, Negócios Pet, Oficinas e peças, Construção, Indústria de base Tecnológica, Educação, Saúde e Bem-estar e Serviços Empresariais.

Por outro lado, outros setores da economia, pelas suas particularidades, retornariam mais lentamente ao estágio verificado antes do início da pandemia. É o caso dos segmentos de Bares e Restaurantes e Artesanato e Moda, além de Beleza, Turismo e Economia Criativa.

Para chegar a essas conclusões, a entidade levou em consideração dados da Fiocruz e do cronograma para a entrega de vacinas do Ministério da Saúde e dados populacionais do IBGE. O presidente do Sebrae, Carlos Meles, declarou que mesmo com o avanço significativo da vacinação, alguns comportamentos não serão alterados rapidamente e as pessoas deverão continuar evitando grandes concentrações por algum tempo.

Não é novidade que a pandemia mudou muito os hábitos de consumo da população e as compras por internet são um exemplo. Em reportagem deste fim de semana (24 e 25), lideranças ouvidas pela FOLHA pressionam para que os governos melhorem o ritmo da vacinação, hoje a solução mais viável para proteger vidas e economia.

Conforme mostrou a reportagem, nesta retomada econômica, Londrina pode ter algumas vantagens competitivas com importantes projetos em andamento, como o Masterplan, o Plano de Retomada da Economia e um programa que capacita as empresas locais de menor porte para as compras públicas. Mas de modo geral, a vacinação é fator mais determinante para setores mais afetados pela pandemia, entre eles bares e restaurantes.

Para alavancar a economia em pequenos e médios municípios paranaenses, o turismo rural pode ser uma aposta importante e é nessa estratégia que vem trabalhando a Superintendência de Apoio aos Municípios do governo estadual. Em visita a cidades do Norte do Paraná, o responsável pelo departamento, Ricardo Maia, vem apresentando soluções de financiamento e como o governo pode ajudar os prefeitos em melhoria de infraestrutura visando oportunidades turísticas no pós-pandemia.

É uma grande oportunidade. Belas paisagens e lugares atraentes não faltam no Norte do Estado para atrair atenção dos turistas de todo o país e investimentos de empresários.

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