No momento em que você estiver lendo a Folha de Londrina, nesta quinta-feira (29), a massa de ar polar de forte intensidade deve ter derrubado as temperaturas para índices que há muito não se via na região. Pelo menos é o que previa os serviços de meteorologia.

No Brasil, as quedas drásticas de temperatura como ocorreram nesta semana são pouco frequentes. É a terceira massa de ar polar deste inverno a alcançar o Sul, Sudeste e Centro-Oeste. E a previsão é de geada e até neve nos pontos mais gelados.

Embora festejada por turistas que viajam para pontos onde a neve é esperada, essa onda de frio tende a ser dramática para a população de baixa renda, para pessoas que vivem em situação de rua, para animais abandonados e também para a economia, que já sofreu com as perdas nas lavouras registradas nas duas geadas anteriores, que atingiram milho, café e setor hortifrutigranjeiro.

Os municípios estão se preparando para receber em abrigos as pessoas que estão em situação de rua. Em Londrina, a prefeitura preparou locais de acolhimento e intensificou a Operação Noite Fria, ação que aborda os desabrigados convidando-os a irem para um local seguro.

O momento é de todos fazerem o bem, doando aos mais necessitados itens que não usam mais e que podem aquecer e trazer conforto a quem precisa. No município onde você mora deve haver pontos de recebimento de donativos, organizado pelas prefeituras, empresas e igrejas. A hora é de ajudar.

E para quem imagina que situações como essa contradizem os estudos sobre aquecimento global, especialistas estão esclarecendo que apesar do tempo gelado no Hemisfério Sul, o planeta continua aquecendo e a temperatura, de forma geral, continuará subindo caso os países não tomem medidas para diminuir a emissão de gases do efeito estufa.

Vale lembrar que esses eventos climáticos, como o frio intenso em parte do Brasil, o calor forte no Canadá, com os termômetros registrando a marca recorde de 49,5º, e as fortes chuvas na Alemanha chamam atenção e acendem o alerta para o aquecimento global.

Cada um pode fazer a sua parte, observando o que consumimos e quanto esses produtos emitem gases do efeito estufa em sua produção. São pequenos gestos. A solução está em nível individual, municipal, estadual e federal.

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