A doação de órgãos é um ato de amor pois é uma maneira de proporcionar a uma pessoa que está doente uma nova chance de viver. Hoje, a fila de pacientes esperando um órgão ou tecido no Brasil é de 50 mil indivíduos e no Paraná este número está em 2,8 mil.

A campanha Setembro Verde, que se encerra nesta semana, tem como objetivo justamente discutir o tema, pois é o mês dedicado à conscientização e incentivo para a doação de órgãos. Trata-se de um assunto que merece ser discutido não só entre os especialistas em saúde pública, mas na casa das famílias, no dia a dia. Um único doador pode salvar a vida de várias pessoas.

Centro pediátrico do Paraná reforça a importância da doação de órgãos

A doação foi tema de uma solenidade realizada nesta terça-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, no HU (Hospital Universitário) da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O ato aconteceu como parte do encerramento da campanha Setembro Verde.

Conforme a coordenadora da organização de procura de órgãos de Londrina, Emanuelle Fiorio Zocoler, nesse quesito, as famílias paranaenses têm se mostrado mais solidárias do que a média do Brasil.

Segundo a especialista, quatro em cada cinco famílias de potenciais doadores de órgãos ou tecidos no Paraná autorizam o procedimento. A taxa (80% de permissão) está acima da média brasileira, em que 54% das pessoas autorizam a doação. O Paraná é líder nacional de doações e primeiro lugar em transplante de rins e fígado.

Ela explicou à reportagem da Folha de Londrina que a queda na taxa de recusa se deve a um eficiente treinamento realizado com os profissionais que trabalham na abordagem. Além disso, segundo ela, são feitos muitos eventos de conscientização e "mantemos a educação permanente das comunidades dos hospitais para que acolham bem essas famílias para pacientes que abrem protocolo de morte cerebral e de pacientes com diagnóstico de morte”, disse Zocoler. "Uma família bem atendida e bem esclarecida doa os órgãos do seu ente”.

Na solenidade de encerramento do Setembro Verde, no HU, familiares de doadores e pacientes que passaram por transplantes de órgãos contaram suas experiências de solidariedade e superação.

Na edição desta quarta-feira (28), a Folha de Londrina traz reportagem tratando do assunto e ressaltando quanto é importante que as pessoas informem aos seus familiares o desejo de serem doadores. Esse detalhe é importantíssimo justamente porque após a morte de um indivíduo e possível doador, quem assina o documento de autorização para o transplante são os parentes.

Essencial não se omitir e espalhar essa ideia. Quanto mais indivíduos reconhecerem a grandeza do ato de doador de órgãos, maior a chance de outras pessoas ganharem uma nova vida.

Obrigado por ler a FOLHA!