A opção mais temida pelo mundo desde que aumentaram as tensões entre Rússia e Ucrânia se concretizou. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, investiu contra o país vizinho, em uma ação militar por terra, ar e mar.

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| Foto: Aris Messinis / AFP

Analistas políticos lembram que é o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (24), líderes ocidentais condenaram a invasão e prometeram endurecer as sanções econômicas.

Durante a quinta-feira, não havia muita dimensão da extensão da invasão russa no território ucraniano. A guerra de Putin contra Kiev acontece com o pretexto de proteger russos étnicos no oriente ucraniano de um suposto genocídio.

O expansionismo russo não é algo novo e o mundo lembra de ações recentes semelhantes em 2008, na Geórgia, e em 2014, na Crimeia.

Mas por que tanta gente pelo planeta afora acordou neste 24 de fevereiro com o receio de que essa invasão tome proporções trágicas? A resposta está no fato de a Ucrânia ter uma grande importância geopolítica para Moscou.

Existe uma forte ligação histórica entre os dois países e desde que Putin viu antigos territórios da União Soviética serem adicionados à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), no caso a Estônia, Letônia e Lituânia, o presidente russo manifestou que não iria tolerar que a Ucrânia aderisse à Aliança Atlântica.

A organização militar intergovernamental é formada por 30 países e foi criada durante a Guerra Fria, sob a liderança dos Estados Unidos, em oposição à extinta União Soviética. Com o fim do bloco comunista no início da década de 1990, a Otan passou a ter mais um papel de zelar pelos interesses econômicos de seus integrantes. Agora, o ex-agente secreto da KGB não quer os antigos inimigos da Aliança Atlântica na porta de casa.

Outra questão que deve preocupar o Ocidente é o poder bélico dos países em questão e seus aliados. A China ao lado da Rússia e os Estados Unidos ao lado da Ucrânia. Além da perda vidas e da destruição de territórios, o mundo deve sofrer as consequências econômicas desse conflito.

E as nações serão chamadas a se posicionarem. No Brasil, até o fechamento deste editorial, somente o vice-presidente Hamilton Mourão havia criticado, duramente, a Rússia, chegando a comparar a situação desta quinta com a expansão da Alemanha nazista frente à Tchecoslováquia e depois à Polônia.

Importante que todos relembrem esses fatos da história, até mesmo para que ela não se repita.

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