No Brasil, país que tem a terceira maior população de bichos que vivem em ambiente doméstico no mundo, o fenômeno conhecido como "pet parenting" ("pais de animais de estimação", em português) ganha cada vez mais adeptos e impacta a economia.

Os pais de pet levam os animais em consideração na hora de tomarem grandes decisões profissionais e pessoais a ponto de mudarem hábitos e prioridades no sentido de dar para os "filhos" o que de melhor o mercado pode oferecer.

Em todo o país, o mercado pet movimentou, no ano passado, R$ 77 bilhões. A cidade de Londrina, por exemplo, ganhou quase três empresas pet por semana em 2024. São mais de 1,5 mil empreendimentos na cidade.

O campo inclui pet food (alimentos), pet care (higiene e bem-estar), pet vet (produtos veterinários), serviços veterinários, serviços gerais e venda de animais de estimação. Ainda segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), a esfera da alimentação chegou a R$ 42 bilhões em 2024, totalizando 55% do faturamento total do setor.

O Paraná fabrica cerca de 300 mil toneladas por ano de rações para animais domésticos, o que equivale a cerca de 7% de toda a produção nacional. Um detalhe a ser observado: em uma nova inversão de tendência, a venda de ração para gatos ultrapassou a destinada a cães no Brasil.

Os lares brasileiros abrigam, segundo pesquisa Sebrae/Abinpe de 2023, 62 milhões de cachorros, líderes absolutos no coração da população. Na sequência, temos 42 milhões de aves, 30 milhões de gatos, 22 milhões de peixes ornamentais e 2,8 milhões de pequenos mamíferos e répteis.

A toda essa população, o básico - ração, banho e tosa - ganhou novos  itens e os tutores brasileiros se esforçam para garantir o bem-estar daqueles que cada vez mais reforçam a posição de melhores amigos do homem. Afinal, pesquisas já comprovam que a presença dos pets na vida dos humanos faz bem para a saúde mental, pois combate a solidão, reduz o estresse e a ansiedade, estimula a prática de atividades físicas e ainda dá apoio emocional em momentos difíceis. 

A grande população de bichos de estimação que entrega alegria e bem-estar nas casas e praças do Brasil também move receitas bilionárias. É um setor que precisa ser respeitado e compreendido, pois gera empregos, pesquisa científica e ergue indústrias e comércio.

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