A FOLHA já trouxe recentemente reportagem em que trata dos principais temas que devem pautar as eleições deste ano, principalmente no âmbito dos cargos para o executivo (presidente da República e governadores). Se segurança e corrupção, com forte componente ideológico marcaram os debates da corrida presidencial e guiaram a cabeça do eleitor em 2018, em 2022 a atenção do cidadão deverá estar voltada para o bolso.

Imagem ilustrativa da imagem Editorial -  A eleição será pautada pela economia
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Após a crise econômica causada pela pandemia, recorde no índice de inflação e queda no poder de compra de consumidores, os cientistas políticos e economistas já entrevistados pela Folha de Londrina avaliaram que a economia terá um peso maior na hora dos homens e mulheres com mais de 16 anos escolherem seus candidatos.

Ao que tudo indica, questão ligadas à economia estão à frente de temas ideológicos. Embora tanto a direita quanto a esquerda devem ter suas cartas na manga para explorar alguns temas dessa envergadura. Pessoas contrárias à reeleição de Jair Bolsonaro poderão trazer ao debate assuntos como a defesa da democracia brasileira.

Do outro lado, partidários do atual presidente da República devem bater na tecla das liberdades individuais que vieram à tona por conta das restrições impostas por governadores e prefeitos em relação à pandemia e também devido a algumas decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

São questões importantes, mas que devem interessar algumas parcelas do eleitorado. A grande massa da população, hoje, quer saber como o próximo presidente da República fará para controlar a inflação, gerar empregos e renda para os empresários e trabalhadores. Ou seja, hoje, pagar as contas, colocar comida na mesa e enfrentar os problemas do dia a dia está muito mais no radar do eleitor. É o tal do "pragmatismo do voto".

Nesse sentido, se é a economia que está pegando pesado neste começo de 2022, cabe ao cidadão começar a se informar desde já sobre quais os planos dos presidenciáveis para o setor. Alguns dos pré-candidatos à presidência já começaram a adiantar discussões sobre os planos econômicos e levantar propostas que serão formuladas durante a campanha eleitoral.

As equipes econômicas de alguns dos pré-candidatos já falam em mudanças em regras trabalhistas, cobrança de impostos, precificação da gasolina, alterações em medidas fiscais, incentivo ao consumo, entre outras. Eis uma boa oportunidade para que as pessoas comecem a acompanhar os programas dos presidenciáveis antes mesmo deles serem oficialmente candidatos.

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