O potencial econômico da cultura é uma pauta frequentemente subestimada, mas que tem se revelado uma fonte de recursos considerável para muitos municípios brasileiros. Atualmente, o setor cultural é responsável por 3,11% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Os programas de incentivo à cultura são os grandes aceleradores do segmento.

Consolidado há duas décadas em Londrina, o Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) é a principal referência para artistas, produtores culturais e profissionais da área. Neste período, são 1.768 projetos contemplados e injeção de mais de R$ 66,4 milhões na cidade. Porém, recentemente, novas oportunidades se abrem em forma de editais.

Os números do Promic mostram o impacto direto do investimento público na cultura, que se traduz na geração de empregos e fomento à economia local. Analistas ouvidos pela FOLHA consideram que ainda há um grande espaço para se avançar quando o assunto é gerar riquezas por meio da cultura.

Artistas e agentes culturais têm defendido que um maior incentivo do setor privado poderia potencializar ainda mais os resultados. Essa participação privada não apenas diversificaria as fontes de financiamento, mas também ajudaria a reter talentos locais, promovendo a sustentabilidade das atividades culturais na cidade e no estado.

Um dos segmentos que mais se destacam atualmente em Londrina é o de audiovisual. São produções que em alguns casos, como em longa-metragens, empregam uma grande equipe de profissionais, desde aqueles ligados diretamente às gravações, como os de suporte, como transporte, alimentação e hospedagem.

Além disso, lembra a produtora de cinema e roteirista Alessandra Pajolla, uma obra que se passa em Londrina ajuda a “vender” a imagem da cidade.

No momento em que o governo estadual cria núcleos regionais de cultura para fomentar as produções paranaenses, é de se imaginar que a cultura tenha lugar de destaque na pauta e nos planos de governo dos candidatos às eleições municipais deste ano. Cada real investido na cultura pode gerar múltiplos retornos para a economia local. Bons exemplos não faltam de que um bem material intangível pode trazer benefícios palpáveis.

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