A pandemia de coronavírus volta viver um momento explosivo no Brasil, a exemplo do que ocorreu na Europa e Estados Unidos no mês passado. A variante ômicron é a causadora desse boom de novos casos, que está obrigando prefeitos de todo o Brasil a se organizarem e reestruturarem serviços de atendimento especial à Covid-19 que já haviam sido desmontados.

Imagem ilustrativa da imagem EDITORIAL - 2022 começa com 'boom' de casos de Covid e H3N2
| Foto: Gustavo Carneiro

Londrina é um desses municípios. Na tarde de quinta-feira (6), a prefeitura anunciou que a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Guanabara passará a ser referência de atendimento para casos de síndromes respiratórias, assim como a UBS da Vila Casoni e a UPA Sabará.

O Brasil vive um tsunami de registros de casos de síndrome respiratória por conta da ômicron e do surto de gripe H3N2. O prefeito Marcelo Belinati se pronunciou via redes sociais: "Londrina está passando por um surto de gripe da variante Influenza H3N2 e também um aumento do número de casos de Covid em razão provavelmente da variante ômicron. Precisamos da ajuda de cada um de vocês. Vamos continuar nos cuidando. Usando máscara, lavando as mãos com álcool em geral ou água e sabão, fazendo todas aquelas medidas de proteção que falamos desde o início da pandemia".

Na quarta-feira (5), um grupo de mais de dois mil prefeitos enviou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando apoio da pasta na estruturação do atendimento ambulatorial, compra de testes rápidos de Covid-19 e de remédios antigripais, atualmente em falta em várias cidades do país.

O documento foi enviado pelo consórcio Conectar, criado na pandemia para a compra de vacinas e que atualmente atua em outras frentes da saúde pública. O apagão de medicamentos para tratamento de síndromes respiratórias é preocupação entre os prefeitos que formam o grupo.

Diante desse cenário, o país recebe a notícia do registro da primeira morte por ômicron. Um homem de 68 anos, com comorbidades e três doses da vacina faleceu em Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás.

Não é difícil prever que teremos um janeiro bastante complicado, com surgimento de casos de Covid-19 e da gripe H3N2. É certo que essa explosão de registros positivos das duas doenças vai impactar nos serviços de internação e também UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), dependendo da dimensão do surto e do número de pessoas não vacinadas que poderão ser infectadas.

Assim, não há outra alternativa a não ser que a população tenha consciência de que terá que se cuidar mais do que vinha fazendo. Usar máscaras, evitar aglomeração e ambientes fechados são os básicos.

Como aconteceu em dezembro de 2020, as aglomerações das festas do fim de 2021 podem custar caro à população, que já vivia a expectativa pelo fim da pandemia de Covid-19 e vivia a esperança de uma certa volta à normalidade em 2022. Agora é esperar e redobrar os cuidados.

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