Estamos assistindo a um filme de terror, mas desta vez, somos os atores principais onde o inimigo é invisível e desconhecido, como no caso do coronavírus. Essa situação nos trouxe um sentimento de medo, de ansiedade e de muitas preocupações. Se colocarmos na balança o que deve prevalecer? A saúde ou economia?

Na minha humilde opinião, acredito que precisamos tomar decisões em etapas e a curto prazo. Digo isso porque tudo pode mudar de um dia para outro. O vírus pode ser contido em menor tempo, vacinas podem ser criadas entre outras possibilidades. Neste caso, as decisões devem ser atualizadas de acordo com os acontecimentos. Por isso a importância de ser a curto prazo.

Como nosso inimigo é desconhecido, invisível e contagioso, o isolamento foi necessário neste momento. Agora nossos governantes, empresários e população têm tempo para pensar e estudar as situações com calma e segurança. Analisar também o que já vivenciou a China, a Itália, a Espanha entre outros países. Queremos parar de trabalhar? Claro que não! No entanto fez-se necessário.

Neste momento de isolamento, vejo que nossos governantes estão evitando novas contaminações, preparando a equipe de saúde para cuidarem dos que já foram contaminados e, paralelamente a isso, estão estudando como podem ajudar empresários e população neste momento de paralisação.

Por fim, entendo que controlando essa situação, a próxima etapa seria voltar ao trabalho ainda com restrições como tem feito a China.

Dito isso, a saúde ou a economia deve prevalecer nas tomadas de decisões? Entendo que depende do momento. Na primeira fase, com certeza, a saúde vem acima da economia como medida de urgência. Passado o período onde o risco de contaminação é muito maior, entendo que devemos colocar as duas no mesmo patamar. Isso porque ao deixar a economia em segundo plano a longo prazo, também haverá um colapso não apenas em hospitais, mas em todos os setores.

O bom dirigente será aquele que cuidará da saúde minimizando a crise financeira com ética, bom- senso, postura e responsabilidade. Levando sempre em consideração o posicionamento daqueles experts no assunto (saúde ou/e economia). Tenho esperança e confio no ministro da Saúde para conter esse vírus. No entanto, precisamos que o governo federal esteja alinhado na mesma direção para que possamos voltar à ativa. Nesta fase, minha decisão pessoal é de ficar em casa e deixar nossos funcionários também!

Andréa Oguido, empresária e advogada em Londrina