A digitalização das relações de consumo parece ser um processo sem volta. Cada vez mais pessoas optam pela comodidade de fazer suas compras por meio da tela do celular ou do computador.

Imagem ilustrativa da imagem É preciso pensar nos impactos do avanço do comércio digital
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Reportagem publicada nesta edição da FOLHA mostra que as três maiores redes varejistas do país já vendem mais no ambiente digital do que nas lojas físicas. Ao passo que o e-commerce registra avanço acelerado, as vendas presenciais ou crescem pouco ou diminuem.

A história mostra que todas as tentativas de lutar contra as tecnologias fracassaram. A discussão, no entanto, dos impactos causados por essas transformações precisam estar na pauta do poder público e do setor privado.

Com as vendas on-line ganhando terreno, alguns efeitos colaterais imediatos podem ser listados.

O primeiro é o de uma cadeia de emprego ligada ao comércio tradicional de rua que perde espaço. São profissionais que precisarão se reinventar para ocupar novas funções neste mundo digital.

Enquanto a entrega por drones não se torna realidade, as mercadorias seguem para a casa dos clientes pelas mãos dos entregadores.

Ou seja, mais veículos nas ruas, principalmente motocicletas, a peça mais vulnerável no trânsito. Neste caso, a pressa e a imprudência podem resultar em acidentes de alta gravidade.

Não menos importante é a questão da segurança pública. O comércio de rua compre um papel fundamental de manter as cidades com pessoas nas ruas, o que contribui para inibir a criminalidade.

Em Londrina, ações do poder público em parceria com entidades de classe mostram bons resultados ao incentivar a população a ocupar os espaços públicos, principalmente durante o período noturno.

Além de tudo, a socialização também é fator importante a ser levado em conta.

Não se trata de promover uma destruição dos “teares” do terceiro milênio, mas todas as transformações precisam ter seus impactos, positivos e negativos, calculados.

A comodidade do comércio digital deve se somar a uma experiência agradável no comércio de rua ou nos shopping centers.

As cidades que anteveem as nuances da sociedade digital largam na frente em um mundo cada vez mais competitivo.

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