Se o assunto é o desenvolvimento da ciência, o Brasil - apesar das dificuldades enfrentadas - pode ser considerado um país promissor. Isso porque o número de cientistas e de universidades estaduais e federais cresceu nos últimos anos, o que estimulou a criação de pesquisas em diferentes áreas.

A análise é da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader. Segundo ela, as iniciativas governamentais são de suma importância para que o Brasil se consolide como uma das principais potências em pesquisa científica. Como exemplo, Helena cita o programa Ciência sem Fronteiras, que visa atrair pesquisadores do exterior e oferecer até 101 mil bolsas para que alunos brasileiros possam expandir a ciência e a tecnologia do País em diferentes localidades do mundo.

Apesar de demonstrar otimismo em relação ao futuro e de reconhecer os avanços já conquistados, a presidente da SBPC é categórica ao afirmar que ''estamos muito aquém do desejado''. Ela cobra a criação de mais programas de qualidade, como o de incentivo à pós-graduação - criado na década de 1970 - bem como um maior investimento por parte da iniciativa privada.

Em entrevista à Folha, Helena lamenta que os valores destinados pelo MEC para financiamentos de pesquisas tenham sofrido cortes e aponta que as greves que assolam as universidades federais estejam prejudicando a formação de novos cientistas. ''A SBPC acredita que sem diálogo as coisas não vão para frente. Tem que haver uma negociação, uma oferta, uma mudança'', cobra.

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