O Dia Nacional de Combate à Tuberculose, celebrado nesta segunda-feira (17), é um chamado importante de conscientização e mobilização para que a sociedade, os gestores e os profissionais de saúde mantenham acesa a vigilância sobre uma doença antiga, mas que continua presente e ameaçadora.

A tuberculose segue sendo um problema de saúde global e nacional, com impactos profundos justamente entre as populações mais vulneráveis, merecendo atenção, planejamento estratégico e políticas públicas firmes.

Em Londrina, a Secretaria Municipal de Saúde lançou nesta segunda-feira a campanha “Tuberculose – Londrina com você nesta luta”. A campanha busca reforçar o alerta e lembrar que a tuberculose tem cura, além de intensificar os esforços do município no enfrentamento da enfermidade, considerada a principal causa de morte por doenças infecciosas no Brasil.

Em todo o país, em 2024, foram registrados 84.308 novos casos de tuberculose, dos quais 68,2% em pessoas do sexo masculino e 65,8% em cidadãos pretos e pardos. No Paraná foram 2.707 casos em 2024 e, em Londrina, 204 casos, sendo seis em crianças. Em 2025, o município registra, até o momento, 163 casos confirmados, sendo seis em crianças.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as populações de maior risco são pacientes com HIV ou Aids, população privada de liberdade, população em situação de rua, indígenas e imigrantes.

Durante a solenidade de lançamento da campanha, a secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, destacou que o grande problema da doença é a subnotificação. "Muitas pessoas não fazem o diagnóstico, já que existe um estigma da doença e, por isso, não fazem os registros. Isso quer dizer que os números são muito maiores do que os divulgados”, afirmou.

A vacina BCG, aplicada ao nascer, é uma importante ferramenta de prevenção e protege contra as formas graves da tuberculose. Feijó lembrou que Londrina é referência tanto para o município quanto para a região, com um trabalho intenso nas Unidades Básicas de Saúde, no Cidi (Centro Integrado de Doenças Infecciosas) e em parceria com o Hospital Universitário, responsável pelos casos mais graves.

Entre as ações da campanha, estão atividades de conscientização da população e capacitação dos profissionais de saúde.

Importante reforçar que a tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito, eficiente e disponível na rede pública de saúde. Identificar precocemente os sintomas, entre eles tosse persistente, é essencial para evitar a transmissão e garantir uma recuperação mais rápida. A população precisa ser informada e incentivada a procurar atendimento ao menor sinal suspeito, sem medo ou estigma. A sociedade, por sua vez, deve reforçar a solidariedade e combater preconceitos que ainda cercam a doença e afastam pacientes do cuidado.

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