Deputados londrinenses e o fundo eleitoral

Se em tempos normais o fundo eleitoral já é uma coisa vergonhosa, tresdobrar o seu valor em meio a uma pandemia, então, beira a uma atitude criminosa. Numa época de gigantesco deficit orçamentário e com o caixa do Tesouro Nacional arruinado, a maioria dos parlamentares não se furtou ao descaramento de elevar o financiamento com dinheiro público da próxima campanha eleitoral para o inominável montante de R$ 5,7 bilhões. Perdulários e insensíveis, eles dão de ombro ao sofrimento da população. Enquanto a pandemia fez triplicar o número de brasileiros na linha da pobreza, na outra extremidade, a do esbanjamento do dinheiro público, eles multiplicaram por três o valor da verba que vai irrigar a farra da politicalha, em 2022. Nesse período de morticínio, desemprego e fome, 27 milhões de brasileiros passaram a viver da misericórdia dos beneficentes. Enquanto esses oportunistas se autobeneficiam de um avanço indecoroso no bolso do contribuinte e se refestelam no jogo sujo das campanhas eleitorais, pasmos assistimos nossa gente garimpar latas de lixo em busca de comida. Isso dói no fundo da alma e nos revolta amarguradamente. E ainda somos obrigados a ouvir a alegação desses espertalhões, de que os valores estratosféricos do financiamento eleitoral é o "custo da democracia". É muito atrevimento! Por outro lado, é profundamente lamentável que os três deputados federais que representam Londrina avalizaram essa situação vergonhosa. Filipe Barros utilizou-se de um contorcionismo hilário, escudado pelo velhaco voto simbólico, do "votei a favor, mas sou contra". Boca Aberta e Luísa Canziani se esconderam sob a égide da omissão e não compareceram para votar. E para completar esse quadro lastimável, ouvimos mais uma "pérola" de Boca Aberta: "Não votar é a mesma coisa de votar contra". Seria cômico, se não fosse trágico para a nossa representatividade em Brasília.

Ludinei Picelli (administrador de empresas) - Londrina

Bateu em Chico, bate em Francisco

Os movimentos, que com muito esmero e competência, têm defendido os direitos das mulheres contra atos machistas e misóginos não vão se manifestar contra a Xuxa? Ou ela por ser "rainha" tem imunidade em suas palavras e pode falar o que quiser, inclusive para outra mulher?

Janos Toncovitch Neto (escrivão de Polícia) - São Sebastião da Amoreira