A explosão de novas confirmações de casos de dengue no Paraná, na última semana, torna ainda mais dramática a situação da doença em vários municípios do Estado. O último boletim semanal divulgado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) trouxe o maior número de registros da dengue do atual período epidemiológico. Foram 12.637 novos casos e mais sete mortes.

O atual período epidemiológico começou em julho de 2023 e somou 23 óbitos, contando com os últimos sete, ocorridos entre 12 de janeiro e 14 de fevereiro nos municípios de Antonina (2), Dois Vizinhos (1) , Paranavaí (1), Capitão Leônidas Marques (1), Quedas do Iguaçu (1) e Cascavel (1).

Os dados acumulados desde 30 de julho totalizam 155.500 notificações de dengue, sendo 25.393 na última semana. Há ainda, 37.436 casos em investigação e os descartados somam 53.519. Em comparação ao boletim anterior, houve um aumento de 19,52% nas notificações e 27,51% de novos casos confirmados.

As 22 Regionais de Saúde possuem casos confirmados, sendo as maiores incidências na 16ª RS de Apucarana (13.019), 10ª RS de Cascavel (6.555), 17ª RS de Londrina (5.138), 15ª RS de Maringá (4.998) e 14ª RS de Paranavaí (4.736). Dos 399 municípios do Estado, 352 possuem casos confirmados. Apucarana, com 8.991 casos, Londrina, com 4.057 casos, e Maringá, com 2.780, têm o maior número de confirmações.

Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti também é responsável pela transmissão da zika e da chikungunya. Durante este período epidemiológico não houve confirmação de casos de zika, com 71 notificações.

Também trouxe cinco novos casos de chikungunya, sem mortes em decorrência da doença. Desde o início do período sazonal foram registradas 618 notificações e 68 casos.

A grande incidência do mosquito Aedes aegypti tem sido uma preocupação constante no Brasil devido ao alto número de casos de dengue e as sérias consequências que a doença causa ao bem-estar da população e para a saúde pública.

A médio e longo prazo, espera-se que as vacinas recém-aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ajudem a diminuir a incidência da doença. Mas o controle da dengue passa por condições que dependem de decisões políticas, como o combate a urbanização desordenada, e a conscientização e o engajamento da população na adoção de medidas preventivas.

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