Oportunas as colocações do professor Luiz Miguel, da UEL, no espaço aberto da FL de 03/02/2025. Entendo que ele vai no cerne das dificuldades com a democracia na atualidade.

Todavia, é preciso avançar em questões que afetam o melhor sistema de governo encontrado pela humanidade. Uma grande parte da população está muito dependente dos benefícios do governo. Por falta de condições ou por circunstâncias que precisam ser melhor avaliadas. Não vejo ninguém mencionar o papel do cidadão nessa equação. Se fala muito em direitos. mas muito pouco em deveres. Nós, brasileiros, precisamos pensar que o país somos nós. Sem nenhum viés fascista ou discriminatório. A conta não fecha.

Os deficits, porventura existentes, serão cobrados lá na frente e o que é pior, em prejuízo dos menos favorecidos.

É preciso encontrar formas sustentáveis de buscar justiça e igualdade. Em tempos de empoderamento da população, através de informações rápidas e retóricas em redes sociais, precisamos ir mais além no papel do cidadão e do Estado. Ao contrário, as desconfianças sobre a democracia começarão a crescer. Principalmente por parte dos cidadãos de bem que querem buscar um país melhor para todos, sem fórmulas mágicas e populismos como menciona o autor.

Jose Cezar Vidotti (economista) Londrina