Na condição de brasileiro patriota, me solidarizo com os sofrimentos que a Covid-19 tem proporcionado à população brasileira, e dentro dos meus limites tento somar na batalha contra esse vírus, que além dos efeitos diretos agrega o desemprego e a fome. Somos sabedores que o dinheiro não seria uma solução para a pandemia, entretanto os recursos advindos do dinheiro amenizaria os sofrimentos de muitos. Dezenas de milhares de empregados da iniciativa privada estão tendo redução de salários de até 70% para não serem demitidos. Do outro lado temos os políticos desfrutando de altos salários e das cotas parlamentares pagas com o suor dos nossos trabalhos, sem qualquer preocupação de redução nos salários e com garantia total do tempo de mandato. Inconformado com tudo isto, mantive contato com um vereador da nossa cidade, um deputado estadual e um federal da nossa região, e também com o senador Oriovisto, sugerindo que fossem porta voz junto a seus pares, com o objetivo de uma redução nos seus salários por um tempo determinado, sendo a soma desses valores direcionados ao combate à Covid-19. Todos eles forampolíticos, polidos e demonstraram corporativismo ao saírem pela tangente. Essa falta de solidariedade dos políticos será responsável pelo sofrimento e morte de muitas pessoas.Adoniro Prieto Mathias (contabilista) Londrina

A agonia da Lava Jato

Por cinco anos, a Lava Jato nos propiciou o sonho de termos um país menos corruto. Incessantemente atacada pelos governos petistas, aliados ao que existe de mais corrupto dentro do parlamento e a obstáculos impostos por alguns ministros da Suprema Corte, a Operação resistiu às estocadas daqueles que a querem sepultada. O forte discurso anticorrupção, do então candidato Jair Bolsonaro, fortalecia as nossas expectativas de vermos a pátria livre dos ladrões. Triste ilusão! Por ironia, a Lava Jato está agonizando justamente pelas mãos daquele que pregava a moralidade na governança. Acossado pelas denúncias de corrupção envolvendo seu filho senador e pelo isolamento provocado pelo seu estilo conflituoso de governar, Bolsonaro se aliou às lideranças políticas adeptas às velhas práticas de desvio do dinheiro público. Instalou o toma lá, dá cá e se rendeu à vontade de ex-presidiários condenados no mensalão e petrolão. Para sustentar essa conjuntura, está contando com o apoio interesseiro do titular da PGR (seu indicado), que já promove o desmonte da maior operação de combate à corrupção que o Brasil já teve. Na luta contra esse jogo sujo, nossa esperança é a assunção de Luiz Fux à presidência do STF em setembro próximo, um ministro reconhecidamente pró Lava Jato.

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina