Cultura, arte e informação não são gastos supérfluos
É por meio do orçamento municipal que as prioridades definidas pelo Legislativo se tornam ações do Executivo municipal
PUBLICAÇÃO
sábado, 14 de dezembro de 2024
É por meio do orçamento municipal que as prioridades definidas pelo Legislativo se tornam ações do Executivo municipal
Folha de Londrina
A aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual) de Londrina para 2025, com um orçamento de R$ 3,5 bilhões — um aumento de 13,57% em relação a 2024 — reflete as necessidades da cidade e as prioridades estabelecidas pela Câmara Municipal para o exercício do ano que vem.
A discussão e a votação da LOA são uma das principais missões dos vereadores no final do ano. É por meio do orçamento municipal que as prioridades definidas pelo Legislativo se tornam ações do Executivo municipal.
A sessão extraordinária da Câmara de Londrina, de sexta-feira (13), que aprovou a Lei Orçamentária Anual de 2025, trouxe à tona um debate sobre alocação de recursos entre a cultura e saúde, duas áreas importantíssimas. Isso porque emendas assinadas pelo vereador Santão (PL) retiravam R$ 4 milhões do Promic (Programa Municipal de Incentivo à Cultura) e destinavam ao FMS (Fundo Municipal de Saúde). Mas quando chegaram ao plenário, as propostas de transferir a verba do Promic para a Saúde tiveram apenas um voto e acabaram rejeitadas pelos parlamentares - decisão que foi recebida com alívio pela comunidade cultural.
Nesta edição de fim de semana, a FOLHA detalha a sessão de aprovação da LOA. A pasta municipal de Saúde possui a maior fatia do Orçamento, com pouco mais de R$ 1 bilhão, um aumento de ordem de 19,54% em comparação com os recursos disponíveis em 2024. A Secretaria Municipal de Educação está sem segundo lugar com R$ 944 milhões.
É compreensível que as pastas da Saúde e da Educação recebam a maior fatia do orçamento. No entanto, retirar R$ 4 milhões do Promic é uma medida que ignora o impacto positivo da cultura na qualidade de vida e na saúde mental dos cidadãos, pois atua na formação moral, intelectual e pessoal de cada pessoa. A cultura também ajuda o indivíduo a refletir, a questionar e a entender o mundo ao redor.
Cultura, arte e informação não são gastos supérfluos, mas um investimento em cidadania, identidade e pertencimento. Lembrando que a economia criativa é uma fonte poderosa de transformação social e econômica através da geração de rendas e criação de empregos.
Ao preservar o orçamento cultural, a Câmara Municipal de Londrina demonstra que a cidade pode equilibrar investimentos em saúde, educação e cultura sem desvalorizar nenhuma dessas áreas.
Obrigado por ler a FOLHA!

