Acompanhando, ininterruptamente, o tiroteio de informações e opiniões que se estabeleceu em função da crise criada pela pandemia do Covid-19, uma grande preocupação ganha espaço. Tem-se focado quase que exclusivamente no isolamento social como solução para o problema. Não nos cabe opinar em questões de saúde pública, as orientações estabelecidas pelo Ministério da Saúde devem ser cumpridas e nos colocamos à disposição para ajudar, inclusive, se necessário, utilizando as instalações do Parque de Exposições Ney Braga.

Muito nos preocupa também, os resultados econômicos desse isolamento social. A paralisação das atividades, por muito tempo, poderá trazer consequências muito danosas à economia do país, com a perda de rendimentos, salários e arrecadação tributária, o que dificultará a manutenção dos serviços públicos essenciais. Hoje temos no Brasil uma população 70% urbana, algo muito diferente da crise de 1930, quando a população rural era aproximadamente 80% do total. Nas condições atuais, a falta do dinheiro necessário à subsistência levaria o país a uma convulsão social, o que a ninguém bem intencionado interessaria. Precisamos, também, estar preparados para isto.

Importante que se diga que não estamos aqui defendendo posições políticas ou interesses econômicos de quem quer que seja. Nossa intenção é colaborar para que tenhamos um bom resultado.

Temos certeza que pensando sempre no interesse da grande maioria da população e com a ajuda de Deus chegaremos a um bom termo na solução dessa situação.

Antônio de Oliveira Sampaio, presidente da Sociedade Rural do Paraná