Como desabafos públicos de celebridades podem ser um bom negócio?
Muitas pessoas se perguntam se toda essa exposição da vida íntima das artistas pode prejudicar sua imagem
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
Muitas pessoas se perguntam se toda essa exposição da vida íntima das artistas pode prejudicar sua imagem
Mariana Munis
2023 foi um ano cheio de muitas notícias tristes, principalmente quando o assunto está relacionado às traições.
As que mais chamaram a nossa atenção foram:
- Luisa Sonza: revelou ao vivo no programa “Mais Você” que foi traída por seu agora ex-namorado Chico Veiga.
- Preta Gil: alegou que foi traída pelo então marido, Rodrigo Godoy, enquanto tratava um câncer no intestino.
- Shakira: expôs que foi traída pelo jogador de futebol Piqué neste ano. Eles confirmaram a separação em junho de 2022.
Muitas pessoas se perguntam se toda essa exposição da vida íntima das artistas pode prejudicar sua imagem. Lembre-se sempre que nada é por um acaso e que a equipe dos artistas pensa em suas ações de maneira estratégica.
Os consumidores estão cansados de ver pessoas com vidas perfeitas nas mídias sociais e cada vez mais buscam seguir pessoas que são “gente como a gente”, as quais tenham defeitos, passam perrengues e que se conectam com a essência imperfeita e humana de sua audiência.
Aproveitando o clamor dos usuários das mídias sociais por pessoas de verdade, algumas celebridades decidiram expor sua vida aos seus seguidores, de modo a se conectarem mais com o seu público.
Além do mais, existe algo também na neurociência aplicada ao marketing denominado neurônios-espelhos: nós tendemos a sentir o que as pessoas estão sentindo. Por exemplo, quando acompanhamos a essas histórias tristes, tendemos a ficar tristes e nos colocarmos no lugar dessas mulheres.
Por conta disso, quando os artistas relatam essas histórias, desperta-se também um sentimento de pertencimento nos fãs: “eu também passo por isso”, “ela é gente como a gente”, “a Preta Gil passou pela mesma situação que eu”.
Mariana Munis, professora de Marketing e Comportamento do Consumidor da Universidade Presbiteriana Mackenzie – Campinas.
***
Os artigos, cartas e comentários publicados não refletem, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina, que os reproduz em exercício da sua atividade jornalística e diante da liberdade de expressão e comunicação que lhes são inerentes.
COMO PARTICIPAR| Os artigos devem conter dados do autor e ter no máximo 3.800 caracteres e no mínimo 1.500 caracteres. As cartas devem ter no máximo 700 caracteres e vir acompanhadas de nome completo, RG, endereço, cidade, telefone e profissão ou ocupação.| As opiniões poderão ser resumidas pelo jornal. | ENVIE PARA [email protected]