Cidades Inteligentes: uma nova forma de cuidar das pessoas de
Uma cidade inteligente é aquela que funciona melhor para quem vive nela, respeitando suas necessidades e promovendo bem-estar em todas as áreas
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sábado, 05 de julho de 2025
Uma cidade inteligente é aquela que funciona melhor para quem vive nela, respeitando suas necessidades e promovendo bem-estar em todas as áreas
Renan Salvador
Cidades como Barcelona, Seul, Amsterdã, Curitiba, São José dos Campos e Recife mostram que o futuro urbano pode ser mais eficiente, seguro e humano. Quando falamos em cidade inteligente, muita gente pensa logo em tecnologia: sensores, aplicativos, câmeras, Wi-Fi gratuito, Inteligência Artificial e painéis digitais.
Mas a verdadeira inteligência de uma cidade está em algo mais profundo, na forma como ela conecta tecnologia, processos e, principalmente, pessoas. Uma cidade inteligente é aquela que funciona melhor para quem vive nela, respeitando suas necessidades, ouvindo suas dores e promovendo bem-estar em todas as áreas, como mobilidade, saúde, segurança e educação.
Muitas vezes, confunde-se o conceito com cidades cheias de soluções digitais de alto custo, mas pouco resolutivas e ineficientes. Claro, a tecnologia é um pilar essencial de transformação, mas sozinha ela não transforma nada. Sem processos organizados, transparentes e eficientes, qualquer tecnologia se torna um peso. E mesmo com bons sistemas e processos, se a população não for parte central dessa construção, nada muda de verdade.
Por isso, uma cidade inteligente se define melhor por uma equação simples: Cidade Inteligente (Tecnologia + Processos) × Pessoas. Se o fator "pessoas" for zero, o resultado será sempre zero, não importa o tamanho do investimento, a promessa da solução ou a complexidade da infraestrutura.
Na prática, isso significa que políticas públicas devem nascer do diálogo com a população e evoluir com ela. Um sistema de transporte inteligente, por exemplo, não serve apenas para mostrar horários no aplicativo, mas para reduzir o tempo de espera e garantir acessibilidade.
A iluminação pública 100% Led com telegestão não é só sobre economia de energia e melhor gestão, mas também sobre segurança, conforto e zelo com espaços urbanos. A coleta de dados precisa ter propósito, ética e utilidade real para o cidadão.
Inteligência urbana é empatia aplicada em larga escala. Pensar cidades inteligentes é, acima de tudo, um compromisso com o cuidado. Cada sensor, cada algoritmo, cada decisão automatizada deve ter um único foco: melhorar a vida das pessoas. Quando entendemos isso, percebemos que o mais avançado dos sistemas ainda depende do mais essencial dos princípios, ou seja, a humanidade.
Renan Salvador, londrinense, empresário, engenheiro especialista em Tecnologia e presidente da Londrina Iluminação S/A

