Cidade paranaense é exemplo de regeneração ambiental
Carlópolis, no Norte Pioneiro, recuperou em 4 anos mais de 1.160 hectares de vegetação nativa
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quinta-feira, 22 de maio de 2025
Carlópolis, no Norte Pioneiro, recuperou em 4 anos mais de 1.160 hectares de vegetação nativa
Folha de Londrina
O município de Carlópolis, no Norte Pioneiro paranaense, se destacou no levantamento do MapBiomas como um símbolo promissor da reversão de décadas de degradação ambiental. Entre 2019 e 2023, a cidade recuperou mais de 1.160 hectares de vegetação nativa — o maior crescimento proporcional no Sul do Brasil, segundo a pesquisa realizada por universidades, ONGs e empresas de tecnologia.
O levantamento do MapBiomas destaca o sucesso local de Carlópolis e ilustra uma tendência positiva observada em 300 dos 399 municípios paranaenses, registrando, no mesmo período, saldo positivo na regeneração de mata nativa.
Carlópolis tem quase 17 mil habitantes e está localizada às margens da Represa de Chavantes, na divisa do Paraná com São Paulo. Se o município continuar com a média anual de regeneração ambiental, terá, ao final deste ano, mais mata preservada em seu território do que tinha em 1985, quando dados ambientais deste tipo começaram a ser catalogados e serviram de base para ações do IAT (Instituto Água e Terra).
O Paraná se junta a outras cinco unidades federativas brasileiras que conseguiram conservar mais do que desmatar: São Paulo, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Outros municípios paranaenses que se destacaram por seus avanços na cobertura vegetal foram Ivatuba, São João do Ivaí, Doutor Carmargo, Floresta, Flórida, Ângulo, Lidianópolis, Jardim Alegre, Maringá e Santo Inácio.
Essa conquista não ocorre por acaso. Uma série de fatores impactaram na qualidade da conservação de mata nativa paranaense nas últimas décadas, entre eles a fiscalização mais rigorosa, o valor das multas aplicadas e a evolução tecnológica que permitiu a produção de laudos técnicos mais detalhados com base em imagens de satélite.
O Paraná desponta, assim, como uma referência em sustentabilidade, demonstrando que é possível conciliar desenvolvimento e preservação ambiental. Contudo, os números positivos não devem conduzir à condescendência. A regeneração verde precisa ser contínua, monitorada e garantida por políticas públicas e pela conscientização da população.
O desafio agora é consolidar esse avanço, assegurando que o verde conquistado se torne um patrimônio duradouro para as próximas gerações.
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