Tragédias como a que ocorreu na semana passada em Petrópolis, quando enchentes e deslizamentos de terra provocaram a morte de mais de 200 pessoas são prova de quanto é importante o poder público investir em programas habitacionais populares.

Imagem ilustrativa da imagem Cidadania e moradia digna
| Foto: iStock

Esses programas têm como objetivo disponibilizar às populações carentes opções de moradias mais acessíveis e em locais seguros, ajudando as famílias a desocuparem áreas de risco, como encosta de morros.

O mais famoso dos programas habitacionais é o Minha Casa, Minha Vida, lançado em 2009 pelo governo federal, e que na gestão do presidente Jair Bolsonaro foi substituído pelo Casa Verde e Amarela.

Programas habitacionais têm a nobre missão de oferecer moradia digna para as pessoas com menores salários, mas esses projetos são importantes também para dar dinamismo à economia. Os programas de construção de residências populares criam empregos e estimulam a abertura de novos comércios, escolas, gerando renda e tributos.

Por isso, o município de Londrina recebe com orgulho os R$ R$ 150 milhões destinados pelo governo federal, por meio do Casa Verde e Amarela, para financiar a construção de 152 unidades habitacionais na zona norte .

Londrina faz parte de um projeto piloto que desenhará um novo modelo habitacional planejado pelo governo federal. Além de Londrina, integram o programa apenas outros dois municípios, Olinda (PE) e Campo Grande (MS).

O projeto prevê soluções em eficiência energética, maior racionalidade no uso de materiais e mais comodidade e conforto climático para os moradores, com recursos de acessibilidade. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (23), durante visita do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a Londrina. .

Atualmente, o município tem cerca de quatro mil famílias vivendo em situação irregular, segundo a Cohab (Companhia de Habitação). A seleção das famílias que serão contempladas com as 152 moradias será feita com base nos critérios definidos pelo governo federal e, segundo o diretor-presidente da Cohab, Luiz Cândido de Oliveira, a companhia fará o chamamento público para a população que mora no entorno do novo empreendimento.

A pandemia da Covid-19 tirou empregos e impôs dificuldades financeiras a muitas famílias de brasileiros. Há relatos de pessoas que acabaram indo morar na rua por não ter como pagar aluguel ou financiamento da casa própria.

O déficit habitacional é um problema grave que precisa ser enfrentado pelo poder público. Erradicar a pobreza, a marginalização e diminuir as desigualdades sociais passam, impreterivelmente, pela moradia digna.

A cidadania passa pela moradia, pelo direito de viver em um espaço seguro, com privacidade e boas condições de saúde e bem-estar.

Obrigado por ler a FOLHA!