RIO DE JANEIRO, RJ - A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou neste domingo (18) que ao menos 13 pessoas morreram por causa da passagem de um ciclone extratropical pelo estado, que provocou chuvas a partir da noite de quinta-feira (15). Quatro pessoas continuam desaparecidas, 3.713 estão desabrigadas e 697, desalojadas.

Dois corpos foram encontrados no município de Caraá (a cerca de 92 km de Porto Alegre) entre a noite de sábado (17) e a manhã deste domingo (18). As quatro pessoas desaparecidas também são do município. Neste domingo, a Defesa Civil anunciou que localizou cinco pessoas com vida.

As mortes já confirmadas ocorreram nos municípios de Maquiné (3), Caraá (3), São Leopoldo (2), Novo Hamburgo (1), Gravataí (1), Esteio (1), Bom Princípio (1) e São Sebastião do Caí (1).

Imagens aéreas do município gaúcho de Caraá, um dos mais  afetados pelo ciclone extratropical
Imagens aéreas do município gaúcho de Caraá, um dos mais afetados pelo ciclone extratropical | Foto: Governo do Rio Grande do Sul / AFP

Uma das mortes é a de um bebê de quatro meses, encontrado em São Sebastião do Caí.

As equipes que atuam para encontrar os desaparecidos e desabrigados têm dificuldade de comunicação. Muitos municípios estão com fornecimento de energia elétrica comprometido por causa dos danos causados pelas chuvas.

A CEEE Grupo Equatorial, uma das empresas responsáveis pelo fornecimento de energia no estado, calcula que 75 mil clientes estão sem energia. Os municípios mais afetados são Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Caraá, Palmares do Sul e Antônio da Patrulha.

O município de Maquiné (a cerca de 129 km de Porto Alegre) é um dos mais afetados. O distrito de Barra do Ouro, cercado por montanhas e rios, tem famílias ilhadas. A prefeitura tem enviado, através de um helicóptero, remédios, roupas e alimentos.

Em Caraá, o prefeito Magdiel Silva (PSDB) programou para este domingo (18) uma intervenção na principal via da cidade, que dá acesso ao município vizinho de Santo Antônio da Patrulha. Uma ponte caiu durante as chuvas e impediu a circulação dos carros, inclusive os das equipes de resgate. Uma ponte de madeira será colocada para facilitar a mobilidade.

"As equipes de resgate estão trabalhando arduamente desde ontem para socorrer quem está em situação de risco, buscar os desalojados e desabrigados. Estamos contando com o governo do estado e o governo federal, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil. Muita gente está trabalhando para recuperar a cidade", afirma o prefeito.

A Marinha resgatou cinco tripulantes da embarcação pesqueira BP Safadi Seif, que naufragou na noite de sexta (16), no litoral de Santa Catarina. O salvamento ocorreu por volta de 22 horas deste sábado (17). "Todos estão com saúde", disse a instituição, em nota. A Marinha não informou o local do resgate.