Cacerolazo na Argentina
A mobilização do povo argentino contra a miséria e fome é legítima e incontestável.A Argentina seguiu fielmente as regras do neoliberalismo proposto pelo Banco Mundial (BIRD) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI): vendeu tudo o que tinha, privatizou setores estratégicos de crescimento de um povo, como petróleo e energia elétrica; produziu forte desregulamentação do trabalho gerando supressão de direitos trabalhistas.E o que ganhou? Ganhou altos índices de desemprego, convulsão social alarmente, estagnação econômica, ''corralito'', desconfiança das massas às instituições (executivo, legislativo, judiciário, forças armadas) e a renúncia de vários governos ao longo do tempo como De la Rúa e Rodrigues Saá. Mas a receita neoliberal, que destrói empregos, direitos, salários e nações inteiras, parece não ter fim na Argentina, tanto que o atual governo Milei já enfrenta protestos e prepara novos ajustes para receber novos empréstimos para pagar empréstimos.Resta saber se o povo argentino suportará mais um furo na cinta ou sairá às ruas em mais um ''cacerolazo'' contra o atual governo bradando: ''Qué se vayan todos, no quede uno solo!''?
Antonio Sergio Neves de Azevedo (estudante) - Curitiba




Violência contra a mulher
Não gosto de ser repetitivo, mas pela enésima vez vou escrever sobre esta violência contra as mulheres que só cresce na contramão das penas, cada vez mais permissivas e incentivadoras deste crime hediondo. Agora apareceu mais uma triste novidade: os partidos políticos de todas as vertentes em seu horários na TV falando da importância das mulheres e que as defendem, como se fosse o He-man. Tudo na televisão até parece verdade, mas infelizmente a realidade das mulheres é uma tragédia. As mulheres brasileiras estão sem pai e nem mãe nesta republiqueta de bananas com leis do tempo de amarrar cachorro com linguiça. A intenção da propaganda eleitoral é conseguir candidatas para o mínimo exigido por lei. O Judiciário apenas cumpre as leis feitas pela classe política que infelizmente é eleita por pessoas que nem sabem o que comeram ontem no jantar. Triste país que dá penas brandas a crimes tão covardes praticados contra a matriz da vida. Todavia, mais triste a dissimulação da classe dos políticos, principalmente das deputadas que não mexem um fio de cabelo descolorido para tornar feminicídio crime hediondo com pena de 30 anos sem nenhuma progressão. Se as leis fossem feitas por quem apanha todos os dias, seria diferente. Pense nisso na hora que ficar frente a frente com a urna eletrônica.
Manoel José Rodrigues (assistente administrativo) - Alvorada do Sul