Imagem ilustrativa da imagem CARTAS 18/10 - A PEC da vingança
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Até o ano de 1988, portanto antes da atual Constituição cidadã, havia intromissão de políticos na atividade de alguns promotores de Justiça e procuradores da República, inclusive poucos políticos foram processados e menos ainda condenados diante de qualquer ato criminoso. No entanto, após a Constituição cidadã os promotores de Justiça e os procuradores da República, começaram a ter autonomia em seus trabalhos e, efetivamente, cumprir uma tarefa bem melhor junto à sociedade brasileira. Defendendo os direitos humanos, conforme dispõe o artigo quinto da Constituição, defendendo os direitos de todas as minorias, negros, índios, mulheres, diferente de todos os modos e agir em promotorias especiais, sem serem atingidos pelos politiqueiros de plantão. A tal PEC N. 5, ou seja a PEC da vingança como chamamos, veio para terminar com a autonomia do Ministério Público e aumentar a impunidade em nosso País. Essa PEC vai permitir que aumentem os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, que o corregedor (fiscal dos promotores e procuradores) seja nomeado pelo Congresso Nacional e rever os atos dos membros da instituição do Ministério Público. O que se nota é uma sede de vingança de políticos que estiveram processados ou investigados pelos procuradores e promotores. Porém, é preciso, para que tenhamos uma sociedade verdadeira, funcionando com honradez e que seja uma “Pátria Amada” e não uma “Pátria Armada” como diz dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, que já foi arcebispo de Londrina, que alguém fiscalize o que se passa no meio social. Agora, mesmo temos uma CPI, organizada pelo Senado da República, mostrando o “desmazelo” de órgãos públicos e de hospitais particulares no combate da Covid-19, Por isso, é preciso que essa PEC da vingança seja rejeitada para o bem comum de todos os brasileiros.

Servio Borges da Silva (advogado) - Londrina

Agressão

Que país é este que um repórter é agredido por um fanático, depois a Polícia Militar leva os dois para a delegacia e o agredido é tratado como agressor? Que país é esse que colocam uma propaganda nacional na TV numa clara propaganda eleitoral com o "Bora Votar" com a nítida intenção de lembrar o Bo de Bolsonaro?

Márcio Benassi (aposentado) - Sertanópolis

Como chegamos aqui?

Éramos para sermos o país do futuro. Mas eis que em pleno século XXI, temos um presidente que luta contra a ciência, a maior conquista da humanidade. E traz consigo uma legião de improváveis fanáticos, que vão de médicos com doutorado até grandes empresários, ou seja, de onde se esperava racionalidade e conhecimento, levanta-se a vanguarda do atraso. Sem dúvida, a quadra que estamos atravessando ainda terá de ser muito pesquisada para que não esteja custando tão caro em vão. Creio que existem muitos responsáveis por esse infortúnio nacional que é o governo Bolsonaro, que em certa medida lembra até as sete pragas do antigo Egito, levando-se em conta as provações em série que o país enfrenta nos últimos anos. Desde quando Lula começou com o “nós contra eles” e a tal “herança maldita”, passando por mensalão e petrolão, às barbeiragens de Dilma na economia, as mutretas de Aécio Neves e Michel Temer, até as arbitrariedades da Operação Lava Jato, tudo somado a uma cumplicidade da imprensa, cada qual tem a sua cota de responsabilidade por esse desastre representado na figura presidencial. Afinal, quando as mais altas figuras da República não agem com a devida temperança, estão chocando o ovo da serpente. Esse monstro foi obra coletiva e, na eleição de 2022 ou antes, é

obrigação de todos, a quem ainda restou algum juízo, dar fim nesse pesadelo.

Sandro Ferreira (representante comercial) - Ponta Grossa