Charge

Péssima a charge da Folha de Londrina de 7/1/25, que retrata um cidadão de boné e de camiseta da seleção brasileira de futebol gritando “Globo lixo!” enquanto Fernanda Torres recebe o troféu de melhor atriz de filme de drama. O momento deveria ser de felicitação à atriz, e não de deboche com uma piada sem graça e desnecessária.

Dilson Catarino

Tarifa de ônibus cara

Interessante a prefeitura de Curitiba, reduzir a tarifa de ônibus aos domingos e feriados, mas, o problema maior para grande massa de usuários do sistema público de transporte, é a cobrança abusiva da tarifa em dias de semana. Trata-se de uma tarifa muito cara; uma das maiores do país, inclusive mais cara comparando a grandes capitais, como Rio e São Paulo.

Célio Borba, Curitiba PR

Calçadão

Leio as notícias e as prioridades que o novo prefeito está mostrando para Londrina. Mas não encontro nada sobre a revitalização do calçadão da cidade. Se tornou um dos mais feios e mal cuidados do Paraná.

Fábio Alcântara

Direita e Esquerda

Em 06/01/2025 o Sr Cleisson Dias publicou nesta coluna artigo intitulado “Ódio ou inveja” em que defende Lula e ao qual expresso o que penso. Nem tudo que a esquerda faz é ruim e nem tudo que vem da direita é bom. O assistencialismo exagerado é caça votos. É praticada pela direita e pela esquerda. Só é bom enquanto não acaba o dinheiro de quem paga. A sociedade brasileira flutua entre os extremos porque nem um, nem outro se mostrou satisfatório. Desejar transformar em inveja a repulsa que alguns sentem por Lula não tem valia e é inútil. Ao invés de melhorar o ensino básico para capacitar nossos jovens a passarem no vestibular o populismo facilita o ingresso na faculdade. Na Argentina, para vencer eleições, praticou-se o assistencialismo exagerado e se destruiu a economia do país. Agora, para consertar, está executando um plano de austeridade e o povo está numa pobreza de dar dó. É mais decente esquecer a reeleição e praticar uma política equilibrada entre assistencialismo e saúde financeira do estado.

Ildo Yukio Marubayashi

A Mordaça Democrática: Quando a Censura Veste Roupas de Gala

Estamos vivendo tempos tão sombrios que até as trevas da Idade Média ficariam com inveja. Nossa amada Constituição, aquele livrinho que supostamente garante nossos direitos, diz no artigo 5º, inciso IV, que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato". Mas parece que nossos ilustres governantes e togados leram apenas a segunda parte. Afinal, para que serve a liberdade de expressão se não for para expressar o que eles querem ouvir, não é mesmo? Por outro lado, temos nosso velho Código Penal, que ainda insiste em prever penas de 6 meses a 3 anos para calúnia, difamação e injúria. Mas quem precisa de leis quando temos a "defesa da democracia" como desculpa universal para calar qualquer um?

Comparar nossa situação atual com a ditadura militar é quase um insulto... aos militares! Pelo menos eles tinham a decência de admitir que eram censores. Hoje, temos censura gourmet, orgânica e livre de glúten, servida com um sorriso e um tapinha nas costas em nome da "proteção democrática". Contudo, encontramos, no livro 1984, de George Orwell, a solução para esse estado de coisas. Basta continuar acreditando que liberdade é escravidão, ignorância é força, e que o Grande Irmão... ops, quero dizer, o governo, sempre sabe o que é melhor para nós. Mas não percamos a esperança! Enquanto aqui brincamos de "1984" versão tropical, lá fora o mundo evolui. A Meta, aquela empresa que sabe mais sobre nós do que nossas próprias mães, decidiu acabar com seu programa de "checagem de fatos". Aparentemente, até Mark Zuckerberg percebeu que transformar sua plataforma em um tribunal da inquisição digital não era uma boa ideia. Quem diria! E o que dizer do X (antigo Twitter)? Com seu sistema de "Notas da Comunidade", transformou a moderação de conteúdo em um reality show interativo. Agora, você pode ser cancelado democraticamente pelos seus próprios pares! Não é lindo? Enquanto isso, no Brasil, continuamos na vanguarda do retrocesso. Quem precisa de moderação comunitária quando se pode ter censura estatal de primeira qualidade? Afinal, que "democracia" é melhor do que aquela do autoritarismo disfarçado de proteção constitucional? Em uma sociedade verdadeiramente livre e democrática, o diálogo aberto é fundamental. Já no Brasil, desde que seja o diálogo aprovado pelas autoridades competentes, é claro. Afinal, não queremos que ideias perigosas como "pensar por si mesmo" se espalhem, não é?

Ruy Carneiro Giraldes Neto


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