Mais um ano se finda e é tempo de refletir sobre todas as adversidades suportadas - que serviram de experiência pessoal, fortalecimento de espírito e aprimoramento intelectual -, e as conquistas realizadas - que serviram de incentivo para continuar o nosso caminho e de alegria para compartilhar com todos a nossa volta. Também é preciso renovar as esperanças de um mundo melhor, com menos desigualdades sociais e mais cooperação global, porque essa vida é uma etapa de evolução para a vida eterna. O apóstolo Paulo de Tarso ensina: "Viver para morrer e morrer para viver..., viver a vida eterna!". E, para viver uma vida plena, vale relembrar os sete preceitos do aforismo de Hipócrates (o pai da medicina): 1) Comer pouco no verão e, sobretudo, no outono; 2) Não exceder os limites da natureza, nem o sono, nem a vigília, nem a dieta, nem a abundância alimentar; 3) Zelar quanto à fraqueza prolongada; 4) Para restabelecer as forças, são preferíveis os alimentos líquidos; um pouco de vinho acalma a fome; 5) Durante a dieta evitar o trabalho; 6) Os males advindos da fadiga reparam-se pelo repouso; 7) Os medicamentos são nocivos aos que são sadios. Nessa festividade de Natal que se avizinha, além de celebrarmos o nascimento do filho unigênito de Deus, também é a ocasião de reencontros familiares onde a harmonia deve reinar observando-se os quatro compromissos preconizados pelo médico mexicano Dom Miguel Ruiz: 1) Seja impecável com a palavra; 2) Não leve nada para o pessoal; 3) Não tire conclusões; 4) Dê o melhor de si. Viva Jesus de Nazareth. Viva o Príncipe da Paz!

Ricardo Laffranchi (advogado) - Londrina

Os seus sinais!

Ouçam ... estão ouvindo? Parece ser o cavalgar de um burrinho que carrega uma mulher grávida e o marido ao lado. O caminhar que, com o cansaço, chega-se a uma cidade e a busca por uma hospedagem que não se consegue, exceto em um estábulo. Ali, naquele local onde brilhava estrelas, nasce uma criança. E será que aqueles ali presentes estavam ouvindo os sinais? Já se passou mais de dois mil anos, e ainda muitos não escutam os seus sinais. Os sinais de um Deus que se fez carne e que trouxe um Reino que deve ser vivido no perdão, na misericórdia, na fraternidade e no abraço. Um Jesus que nunca foi de direita, de esquerda ou de qualquer canto, mas sim um Deus que um dia foi menino, e que nos ensinou sempre a sentar e a dialogar entre irmãos. Este Jesus jamais excluiu, mas sempre acolheu e fez de sua vida terrena até o madeiro da cruz o amor, a justiça, a partilha e a paz triunfar. Bem, mais um Natal que se aproxima, e que este seja de reflexão em família, entre os amigos e na sociedade, no respeito, no abraço, no perdão, no amor e na paz, pois somente assim, podemos responder: Sim, eu já escuto os teus sinais. Que assim seja. Paz e bem!

Juarez Arnaldo Fernandes (empresário) - Londrina

Espírito público

Perfeitas as ponderações do editorial "Equilíbrio social e fiscal" da Folha de Londrina desta quinta (22/12). Como se fosse possível um governo de direita não pensar no social, e como um governo de esquerda não pensar na economia. Não teremos paz e progresso se um não pensar no outro. Ouvi alguns discursos de deputados na votação da PEC do teto. Cada um puxando a sardinha pro seu lado, mas dentro de uma obviedade assustadora. Todos sabemos que a fome precisa ser combatida, sejamos de esquerda ou direita. Infelizmente, no caso do Brasil a situação esta mais crítica, fruto também pandemia que assolou todo mundo. Me admira um político de esquerda defender que precisamos combater a fome, ora isso é muito óbvio, assusta aos olhares de todos nós. Por outro lado, políticos de direita dizendo que o furo do teto vai causar inflação e que causará sofrimento a frente, principalmente, para o pobres. Meu Deus, quem não sabe disto. Não ouvi ninguém falar em equilíbrio, em medidas que possam acolher os dois lados, combater a fome e ao mesmo tempo não comprometer a economia. Claro, a solução foi a meio termo, mas com acertos políticos. Não houve apresentação de idéias criativas que pudessem atender aos dois lados no curto, médio e longo prazo e, principalmente, apresentando medidas que pudessem gerar empregos, fortalecessem a ciência e a tecnologia, mais justiça fiscal, parcerias que pudessem melhorar nossas relações com o exterior. Enfim, medidas duradouras para que não precisássemos mais do congresso votar PECs dessa natureza, e que não tenhamos mais um presidente eleito cuja plataforma principal seja o combate à fome. Senhores políticos, vamos mudar os discursos! Ninguém aguenta mais!

José Cezar Vidotti (economista) - Londrina