Apucarana, Centro-Norte do Paraná, 140 mil habitantes. A morte de um adolescente de 13 anos abala a cidade e choca o estado. Ao ser agredido por outros adolescentes com idade entre 12 e 15 anos, ele teria tido um “mal súbito “ e morrido. A briga aconteceu a duas quadras do colégio estadual cívico-militar Padre José Canale, onde o menino estudava e começou após a saída da aula.

Ele chegou a ser atendido por uma equipe de um posto de saúde próximo e, posteriormente, o Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência), foi levado para o Hospital da Providência, porém, não resistiu. Segundo a Polícia Civil, o adolescente tinha comorbidades e a suspeita é de que ele não foi a óbito diretamente em razão das agressões.

Durante a briga, o menino caiu desacordado, convulsionou e os demais adolescentes fugiram. Em um exame preliminar, no corpo da vítima não havia sinais de agressões e traumas contundentes. Mas um laudo é aguardado pelo IML (Instituto Médico Legal). A polícia acredita que a causa da morte não tenha sido a agressão, mas a comorbidade pré-existente, que veio a desencadear por conta do estresse da briga. A família informou que o adolescente tinha crises convulsivas.

Ainda na terça-feira, a Polícia Militar encontrou três adolescentes e os encaminhou para a delegacia juntamente com os responsáveis. Eles estudam em outro colégio localizado na mesma região onde a confusão aconteceu. O motivo da desavença ainda está sendo investigado.

Infelizmente, brigas entre adolescentes chegando às vias de fato são mais comuns do que se imagina, haja vista o surgimento frequente de vídeos que mostram meninos e meninas se agredindo em escolas, próximo a elas ou em outros locais públicos. Pode ser que os conflitos sempre tenham existido em grande número, mas agora ganham atenção porque são filmados por pessoas que, ao invés de interferir ou chamar a polícia, acabam usando o celular para filmar e torcer por um lado.

Essas confusões geralmente não são isoladas e o comportamento dos jovens na escola ou em locais públicos reflete a sociedade, é um espelho da casa onde moram. Assim, escola e família precisam estar atentas aos sinais de que há crise de convivência entre os jovens. O risco não está somente nas agressões físicas, mas também na prática de bullying, uma das formas de violência muito comum entre crianças e adolescentes.

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